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A crise é do iPhone, AINDA não é da Apple

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iPhone SE

Pelo visto, o iPhone não é mais o queridinho da galera, ou o bonitinho da Bala Chita.

A Apple anunciou os resultados financeiros do seu terceiro trimestre fiscal, ou segundo trimestre de 2016, e a queda de vendas do iPhone dessa vez foi contundente: 15% a menos nas unidades distribuídas em comparação com o mesmo período do ano passado, e 23% de queda nas receitas.

O que podemos concluir com esses números? Que o iPhone está em crise. Óbvio. Mas, por enquanto, só o iPhone.

 

Ter esse peso todo para uma empresa traz consequências

Quando o iPad, o Mac ou o iPod registra quedas nas vendas, nada acontece. Quando o iPhone registra quedas de vendas pelo segundo trimestre consecutivo (e, de novo, dessa vez de forma bem acentuada), o botão do pânico é ligado.

Não é terrorismo. É fato. Estamos falando do produto que, sozinho, é responsável por 57% da receita da Apple. E nem de longe isso é pouca coisa: é mais da metade da receita de uma das empresas que mais lucram no planeta. Uma queda dessas pode gerar um perspectiva de futuro a médio e longo prazo simplesmente temerária.

Pode ser algo meio apocalíptico, mas é a mais pura verdade. Exemplos de declínio desse tipo não faltam: Nokia, Motorola, BlackBerry… tudo bem, todas empresas só de telefonia. Mas ter metade dos seus lucros dependendo de um único produto tem como consequência um comportamento mais sensível se esse produto não vai tão bem nas vendas.

A Apple afirma que o iPhone SE é um sucesso de vendas. Não duvido. Mas não é o suficiente para compensar as quedas nas vendas dos demais modelos. Sem falar que esse iPhone é mais barato que os demais.

E não é nada animador para Cupertino já receber as críticas do “mais do mesmo” que pode ser o iPhone 7 baseado nos rumores divulgados até agora.

A falta de inovação e continuísmo da Apple começa a ter consequências mais explícitas. A Apple em si não está em crise. Ainda. Receitas de mais de US$ 42 bilhões anda são elevadas demais e, mesmo com praticamente todos os segmentos de produto registrarem quedas nas vendas, as ações da empresa em Wall Street subiram 5%.

Mas isso só aconteceu porque “os resultados foram menos desastrosos que o imaginado”.

Ou seja, nos preparemos para momentos de tensão nos próximos meses para o iPhone. Esse sim está em crise. Que já começa a ser bem séria.


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@oEduardoMoreira