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A Intel, por enquanto, “beneficiou” a ASUS

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A notícia da Intel em cancelar projetos de futuros processadores da linha Atom tinha uma possível vítima imediata: a Microsoft, com o projeto do Surface Phone. Porém, teve uma “beneficiada” direta: a ASUS, que decidiu adotar a Qualcomm como fornecedora de processadores para os seus dispositivos da linha ZenFone.

Explico o benefício: muitos entendem até hoje que os chips Intel Atom não são tão capazes de entregarem um desempenho pleno e ajustado para os dispositivos Android disponíveis no mercado. O ceticismo talvez exista por conta dos primeiros dispositivos com esses processadores, onde alguns aplicativos considerados essenciais não eram compatíveis com o chip dos norte-americanos.

Esse tempo já passou. As últimas versões dos processadores Intel para dispositivos móveis são competentes para rodar os aplicativos mais procurados do mercado para o sistema operacional da Google. Mesmo assim, a estigma continua, e muitos demonstravam uma certa rejeição aos smartphones ASUS ZenFone por conta dessa parceria, que não era considerada de futuro.

O tempo mostrou que os críticos tinham uma boa dose de razão em sua perseguição, mas por outras vias. Por conta da desistência da Intel no mercado mobile, uma vez que eles perceberam que já era muito para eles uma empreitada desse porte. Nesse caso, por incrível que pareça, essa pode ser uma boa notícia para a ASUS, que pode impulsionar as vendas do ZenFone com um chip mais confiável e reconhecível junto ao grande público.

No caso da Microsoft, o projeto do Surface Phone tinha em partes sua base nos chips Intel Atom, por conta de sua arquitetura. Terão que repensar tudo. Já a Qualcomm não precisa mexer muito. No máximo ajustar o software ao novo chip, visando um melhor desempenho.

Em resumo: nem toda troca é tão prejudicial assim. Algumas delas podem se reverter em imagem positiva para o fabricante. Pode ser o caso da ASUS com a chegada da Qualcomm aos seus dispositivos ZenFone (além da manutenção da MediaTek na mesma linha, mas que fica com apenas 10% de todos os dispositivos produzidos pelos asiáticos).


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@oEduardoMoreira