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No Brasil, plano pré-pago no celular se tornou ‘empacotado’

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Os planos pré-pagos de telefonia móvel no Brasil foram descaracterizados. Já não correspondem mais ao objetivo pelo qual eles foram originalmente concebidos. O usuário não é livre para usar do jeito que quiser. Está condicionado às regras das operadoras, com os tais pacotes de uso. Que, por sinal, não se encaixam ao perfil do usuário. É o pagante que tem que se adaptar à força ao perfil da prestadora de serviços.

Como se eles estivessem fazendo um grande favor para o cliente.

No começo, quando o acesso à internet não era uma realidade na telefonia móvel (até porque smartphones eram caríssimos, e a internet via WAP engatinhava), o cliente poderia usar os seus créditos do jeito que quiser, tanto para chamadas como para mensagens de texto. Bons tempos aqueles onde ficar trocando mensagens era o grande barato, e a gente só fazia chamadas na hora do desespero.

Hoje, tudo mudou. Temos sim planos de chamadas ilimitadas, SMSs ilimitados… mas… quem é que usa esses itens hoje em dia?

Eu só ligo para alguém quando é a hora do desespero. Quando preciso tirar alguém da cadeira elétrica, ou quando preciso informar para a minha família que eles precisam pagar o resgate. SMS então é algo que hoje só serve para a TIM mandar mensagem para você às 7h da manhã de domingo, ou para você receber cobrança de despesas que você não fez, de bancos onde você não tem conta.

Dizer que a internet mudou tudo em nossas vidas é uma redundância. E algo que todo mundo já sabe. O que as operadoras de telefonia móvel precisam entender que é a internet mudou tudo para sempre. E é um caminho sem volta. Você não pode voltar atrás na marcha da evolução. A tecnologia existe para auxiliar o progresso. Caso contrário, não é tecnologia. É taxista protestando na Avenida Paulista contra o Uber.

Com recursos como WhatsApp, Skype, Facebook Messenger, Telegram, Viber, Vine, IMO e tantos outros, as pessoas passaram a se comunicar de forma mais ágil, rápida e, principalmente, barata. Todo mundo faz barulho quando o WhatsApp é retirado do ar por decisão de algum juiz babaca/ignorante porque este aplicativo se tornou ferramenta essencial para as atividades pessoais e profissionais.

E não falo só de comunicações casuais, grupos de família ou grupos de equipes de trabalho. Não só os documentos de trabalho e fotos de equipamentos para publicação em blogs são enviados pelo aplicativo, mas também ofertas de emprego e promoções. Empresas compartilham com seus clientes em potencial os seus produtos e serviços, além de vários serviços delivery que atendem muito bem nesse formato de comunicação.

E isso porque nem estou falando nos nudes compartilhados pelo WhatsApp de forma frenética. Se eu me aprofundar nesse item em específico, a questão de manter o serviço funcionando se torna questão de segurança nacional.

Logo, para as operadoras competirem com a tecnologia, só existe um jeito: oferecer serviços melhores, com preços competitivos. Se é para estabelecer pacotes de serviços, ofereçam pacotes de dados generosos, e um serviço que efetivamente funcione quando o usuário precisa. Se querem lucrar em cima dos usuários, lucrem de forma efetiva com algo que o usuário está disposto a pagar.

Não nos importamos mais com chamadas e mensagens SMS. Queremos seguir trocando nudes em qualquer lugar via WhatsApp. E com um 4G que preste.

Ajuda a gente, operadoras! 😉


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@oEduardoMoreira