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O Project Fi do Google rompe barreiras

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Sem fazer muito barulho, a Google anunciou ontem (22) o Project Fi, sua operadora móvel virtual. O serviço no momento é limitadíssimo, e nem tão barato como esperado, mas deixa um recado claro: o Google está aí, e não quer intermediários.

O Project Fi tem como objetivo garantir a melhor conexão aos usuários, independente de onde ele esteja, e faturar exclusivamente pelos dados consumidos. O Google conta com a Sprint e a T-Mobile como parceiros para garantir uma conexão 3G/4G de qualidade em mais de 120 países (via roaming), por conta de uma nova tecnologia capaz de detectar o melhor sinal disponível.

São mais de 1 milhão de pontos WiFi gratuitos e seguros ao redor do planeta, onde o smartphone ou tablet pode se conectar automaticamente, para não depender sempre do sinal de rede. Seria uma economia de dados de forma transparente, e sempre o máximo de largura de banda possível.

Outra mudança está na forma da cobrança dos dados. Até agora, o usuário paga um valor por uma certa quantidade de dados, consumidos ou não. E quando esses dados são consumidos, a conexão do usuário é interrompida, e é preciso pagar por um pacote extra de dados (pelo menos no Brasil é assim).

No Project Fi, a coisa muda. A partir de US$ 20/mês, temos o plano base que oferece chamadas e mensagens ilimitadas dentro do seu país, chamadas econômicas par ao exterior e acesso às redes WiFi. Cada GB adicional custa US$ 10, e só são cobrados o que foi consumido. O que sobra é devolvido ao cliente na fatura seguinte.

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O Google também indicou a necessidade de um SIM especial, que acesso os seus serviços não apenas a partir do smartphone onde o chip está instalado, mas a partir de qualquer dispositivo que se conecta a nuvem e seja compatível com o Hangouts.

 

O início do fim para as operadoras?

É cedo para responder essa pergunta, mas fica claro que o Google quer que as coisas mudem. Eles sabem da importância que o acesso à internet a partir dos dispositivos móveis possui hoje (principalmente nos países em desenvolvimento, onde o smartphone tem maior penetração que o PC), e com esse movimento, eles buscam uma mudança dos grandes players do mercado de telecomunicações.

Ficar só com o preço ou com as limitações atuais é uma visão limitada que esconde algo mais importante: uma mudança no modelo de conectividade móvel. Por enquanto, o Fi tem muito de ‘projeto’. Está limitado aos EUA, e só é compatível com o Nexus 6, de modo que não podemos qualificá-lo como um pouco mais de um experimento. Mesmo assim, se mostra em um cenário apaixonante.

Ele vai se expandir para outros países? A Apple vai fazer algo similar? Como as operadoras vão reagir?

Só o tempo vai responder essas perguntas.

 


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@oEduardoMoreira