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Pensando seriamente em desistir (de uma vez por todas) da TV por assinatura

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Eu adoro assistir TV. É um dos meus passatempos preferidos. A TV ainda é a maneira que eu me informo sobre as principais notícias do dia, é onde acabo me entretendo com algumas bobagens que ainda me fazem rir, é por onde vejo os eventos esportivos do Brasil e do mundo… enfim, a TV por assinatura ainda me é útil, mas não tão útil como era em 2005, por exemplo.

Sou mais um que viu na internet e em outros formatos de consumo de conteúdo que a vida vai muito além do que se manter preso à grade de programação das operadoras, ou pelo atraso de semanas para ver um episódio de uma determinada série. Definitivamente eu não vejo mais séries nos canais pagos. E não vou negar: se não vejo por streaming online, eu faço o donwload do episódio, com legendas bem feitas por voluntários. Até porque algumas séries que assisto simplesmente não passam por aqui, nem que sejam ofertadas de graça. Sem falar que a grande maioria dos canais dublaram as suas séries. Ok, minha operadora atual (NET) oferece a legenda eletrônica e horários alternativos com o idioma original, mas aí eu caio naquela regra do “eu não quero ficar preso a um horário”.

Não pago caro pelo meu pacote de TV por assinatura atual. Estou com o pacote NET Top HD Max (com receptor com sistema de gravação) por R$ 149,90. Depois de ficar quase 2 anos na SKY pagando bem mais do que isso para ter algo próximo, não acho que estou pagando muito. Até porque tenho três pontos em HD, algo que a SKY não me oferecia, e a qualidade de imagem da NET é muito superior (você pode até discordar, mas a tecnologia do cabo vai mostrar que você está equivocado). O pacote em si se paga, uma vez que uso bastante o recurso de gravação, e tenho todos os canais disponíveis pela operadora (exceto os canais de filmes, o Combate e o PFC). Porém…

Com uma oferta desse tamanho, vem muita coisa que simplesmente não assisto. Canais como Sony e Warner Channel, que antes da “era internet” eu assistia com grande frequência, hoje eu só assisto para ver alguns realitys que não tenho interesse em sair baixando pela internet, ou algumas premiações e eventos especiais que esses canais transmitem. Passo longe da maioria dos canais de vendas (só vejo o Shoptime, e de vez em quando), passo longe dos canais religiosos, não vejo mais séries pelos canais ofertados da TV paga, e o que ainda me prende ao serviço são os canais de notícias, os canais do Grupo Discovery e os canais esportivos.

Eu sei que eu poderia pagar mais barato pelo serviço de TV por assinatura. Poderia mesmo assinar um pacote “quebra galho”, apenas para ter o essencial nos canais de meu interesse. Porém, sei que pago por algumas comodidades. Preciso de um ponto de TV para o escritório, principalmente em dias de coberturas como o Golden Globe e o Emmy Awards. Sem falar que, como adepto da tecnologia, é impossível voltar ao mundo SD depois que você se depara com os canais HD. Os seus olhos pedem pelas imagens em alta definição.

Por outro lado, me deparo com mais e mais pessoas que estão simplesmente abandonando a TV aberta e a TV paga pelas demais opções existentes para entretenimento audiovisual, e que estão no mesmo perfil de consumo que eu: conhecem a tecnologia de download de conteúdo, utilizam o streaming de vídeos, assinam o Netflix, NetMovies e serviços do gênero, e seguem a vida feliz, sem se preocupar com mensalidade, com grades que não são respeitadas e com serviços que não são cumpridos.

Enfim… é de se pensar no fim.

O ideal mesmo seria que todos pudessem montar o seu pacote de canais, atendendo as suas necessidades. Mas sei que esse formato, por enquanto, é uma utopia. Nos Estados Unidos, está rolando uma briga para que isso aconteça. Alguns órgãos de defesa do consumidor na América entendem que essa seria a forma mais justa e vantajosa para os usuários, e pelo visto, algumas operadoras vão começar a ceder para um formato de empacotamento mais flexível, até mesmo para segurar os assinantes no serviço. Lá nos EUA, 5% das pessoas já abandonaram qualquer formato de TV (aberta e paga), e usam o eletrodoméstico para outras coisas (videogames, DVDs, Blu-rays, downloads de vídeos, streaming, etc). Esse grupo é conhecido como “Zero-TV”, e tem como perfil algo muito próximo ao que eu sou (e provavelmente você, que está lendo esse post, é): um conhecedor de tecnologia.

Bom, até lá… vou continuar vendo tudo em alta definição mesmo. Até quando? Não sei. Já buscando outras opções lá fora.

 


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@oEduardoMoreira