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24: Legacy (FOX, 2017) | Primeiras Impressões

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24: Legacy

 

O relógio voltou a funcionar!

 

24 Horas está de volta…. sem Jack Bauer. Apesar de ficar com aquela sensação de que está faltando alguma coisa (muito importante), 24: Legacy chega oferecendo o mesmo conceito consagrado de série em tempo real, apresentando novos personagens, um novo protagonista, e mais um dia com uma sequência inacreditável de eventos e plot twists que deixarão você preso diante da TV.

Bom… pelo menos a ideia é essa.

 

24: Legacy acontece três anos depois dos eventos de 24: Live Another Day, mas sem ser necessariamente uma sequência daquela história. De qualquer forma, fica aqui registrado que estamos dentro do mesmo universo da série original, e não em uma realidade alternativa no passado ou presente. Isso abre a possibilidade de todos os personagens ainda vivos em 24 Horas aparecerem a qualquer momento em 24: Legacy, tal e como vai acontecer com Tony Almeida já nessa temporada.

Enfim, Eric Carter (Corey Hawkins) é um ex-soldado do exército que volta para os Estados Unidos, e tenta seguir com sua vida normal. Porém, tem um grupo de terroristas que quer vingar a morte do seu líder, algo promovido pelo time de Eric. Um a um, os membros do time do nosso protagonista são eliminados, só restando ele e outro membro da equipe, que surtou.

Para piorar, o surtado tem um pendrive cheio de dados confidenciais, que em mãos erradas podem desencadear desde a morte de outros agentes até a exposição das defesas norte-americanas.

E para completar o cenário, Rebecca Ingram (Miranda Otto), que se tornou a diretora da CTU depois dos eventos de Live Another Day, além de tentar proteger Carter e resgatar o tal pendrive, precisa lidar com um potencial ataque terrorista aos Estados Unidos.

Tudo isso, em tempo real. Com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo.

 

 

Não podemos negar que a série que vamos assistir é mesmo 24 Horas. Mas, de novo: sem Jack Bauer.

Se você tem em mente que 24 Horas É JACK BAUER, você vai achar 24: Legacy uma tentativa mal feita de repetir a fórmula. E aqui eu tenho que colocar parte da responsabilidade em Corey Hawkins.

Se Kiefer Sutherland fez o público comprar sua causa nas primeiras cenas de 24, Hawkins ainda não disse a que veio. Falta carisma ao moço.

E não… pelo menos nesse começo, ele NÃO É O NOVO JACK BAUER! As editorias precisam parar de insistir nisso.

Eric, pelo menos por enquanto, está mais fugindo dos problemas que estão chegando. Está lutando pela vida dele, e para proteger a esposa. Para ele chegar no nível de Jack Bauer, falta pelo menos umas quatro temporadas, e nem sabemos se 24: Legacy chegará a esse ponto.

Porém, existe um ponto positivo: o conceito geral da série está lá, e todos os elementos que tornaram essa série uma das mais bem sucedidas da história também.

Não falo apenas do formato em tempo real. Falo do todo. A atmosfera da série, a estética, a linguagem conceitual, a estrutura narrativa, os plot twists. Tudo ali está exatamente do jeito que Manny Coto e Evan Catz originalmente conceberam.

Aliás, assim como aconteceu em 2001, 24: Legacy estreia em um momento importante, já que temos novamente em evidência a discussão sobre a proteção dos cidadãos, o combate ao terrorismo, e todos os fantasmas que o norte-americano precisa lidar nesse momento.

 

 

Sou suspeito para dizer, mas senti aquele bom frio na barriga ao ver o piloto de 24: Legacy. Porém, fiquei esperando ouvir um “damn it” a qualquer momento. Fiquei procurando Chloe O’Brien em alguma cena. Até me animei quando ouvi o nome de Edgar Stiles no piloto.

Mas não rolou.

Enfim… eu sei… é 24 Horas, sim. Mas falta algo muito importante.


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@oEduardoMoreira