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26 de maio de 2019. Um domingo bem silencioso…

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Eu esperei por muito barulho nesse domingo, 26 de maio de 2019. Esperei por pessoas nas ruas, palavras de ordem. Esperava por gritos que representassem o que a maioria dos brasileiros quer.

Acordei, e encontrei um domingo qualquer. Um domingo ensolarado, que convidava as pessoas para ir às ruas. Até rolou o Ironman em Florianópolis, e eu tenho certeza que, em um domingo de sol, as pessoas saíram de casa para aproveitar esse dia. E eu sei que muita gente fez isso.

Porém, por volta da 16 horas, eu esperava muito barulho.

E eu fiquei esperando.

De forma estranha, eu não ouvia barulho do povo por volta das 15 horas. Ouvia sim muitas motos do Uber Eats passando nas ruas próximas ao meu apartamento, o que indica que as pessoas estavam em casa, assistindo TV e pedindo comida pela internet. E não nas ruas. Em um bonito dia de sol.

16 horas. Nada de barulho.

Silêncio.

Eu estranhei. Mesmo.

Imaginava que a voz do povo seria ouvida hoje. Com muito barulho. Mas… o que eu ouvia (se é que isso é possível) era o silêncio. Não um silêncio ensurdecedor. Como eu disse, motos do Uber Eats (e esse post não é patrocinado) passavam por aqui o tempo todo.

Ouvi sim algumas buzinas por uns 15 segundos. O trânsito deveria estar parado e com problemas com as pessoas nas ruas.

Pelo contrário: os carros passavam tranquilamente pelas estreitas ruas. Tal e como acontece em qualquer domingo no centro de Florianópolis. Nada de excepcional. Nada de extraordinário.

Nenhum barulho.

Então, eu entendi que o “povo” perdeu a voz. Emudeceu. Ou simplesmente preferiu ficar em casa assistindo filme na Netflix. Acho que era a vontade do “povo”.

Acho que eu entendi o recado errado. Ou as pessoas tentaram me enganar. Hoje era para ser um domingo qualquer. E foi. Com exceção do Ironman.

Bem diferente do dia 15 de maio de 2019. Naquele dia, foi um baita barulho. Muita gente. Muitas palavras de ordem.

Foi tanto barulho no dia 15, que alguns ditos corajosos em Brasília ficaram com medo. E depois do silêncio de hoje, esse medo em Brasília ficou cada vez maior.


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@oEduardoMoreira