
Alcançar o sucesso não é fácil, e se manter no topo é algo ainda mais difícil. O mundo é cruel porque qualifica as pessoas em vencedores e perdedores nos mais diferentes campos, e no cinema isso não é diferente.
É bem tranquilo lembrar quais são os melhores filmes de cada um dos grandes diretores do cinema, e essa escolha ainda pode cair no campo do subjetivo em alguns casos. Mas… e dos maiores fracassos? Por que nossa mente não registra isso?
Então, vamos fazer algo diferente dessa vez. Neste artigo, há um compilado dos maiores fracassos cinematográficos de cinco grandes diretores de Hollywood. Acredito que dá para descobrir algo muito bom para ver a partir de algo muito ruim.
Steven Spielberg – “1941” (1979)

Após o sucesso de clássicos como “Tubarão” e “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, Spielberg enfrentou um tropeço com “1941”, uma comédia ambientada na Segunda Guerra Mundial, marcada por seu desenvolvimento conturbado e humor questionável.
Em dezembro de 1941, logo após o ataque japonês a Pearl Harbor, o pânico toma conta da pacata cidade de Los Angeles. O medo de um novo ataque iminente transforma a vida dos cidadãos em um caos hilário e surreal.
“1941” recebeu críticas mistas em seu lançamento, com alguns apreciando seu humor absurdo e outros criticando seu tom satírico em meio a um tema tão sério. Apesar disso, o filme se tornou um clássico cult e continua a divertir o público com seu humor peculiar e personagens memoráveis.
Francis Ford Coppola – “O Fundo do Coração” (1982)

Após os triunfos dos anos 70 com “O Poderoso Chefão” e “Apocalypse Now”, Coppola encontrou dificuldades nos anos seguintes com “O Fundo do Coração”, um musical protagonizado por Nastassja Kinski, que foi um fracasso de bilheteria e crítica.
Em “O Fundo do Coração”, Francis Ford Coppola nos convida a um espetáculo musical único, onde drama e romance se entrelaçam em meio ao neon vibrante de Las Vegas. No fim de semana do Dia da Independência, o casal Hank (Frederic Forrest) e Frannie (Teri Garr), desiludidos com seu casamento, decidem se separar.
Apesar de ter sido um fracasso de bilheteria em seu lançamento, “O Fundo do Coração” também conquistou status de filme cult ao longo dos anos. Sua estética inovadora, personagens cativantes e trilha sonora memorável o tornam uma obra única e atemporal, que explora os meandros do amor e da busca pela felicidade com maestria.
Ridley Scott – “O Último Duelo” (2021)

Conhecido por obras como “Alien” e “Blade Runner”, Scott enfrentou um grande fracasso com “O Último Duelo “ em 2021, uma história épica que não correspondeu às expectativas de bilheteria, apesar de contar com um elenco estelar.
Este é um drama histórico épico que se passa na França medieval. O filme narra a história real de Marguerite de Carrouges, que acusa o escudeiro Jacques Le Gris de tê-la estuprado. Em uma época onde a palavra de uma mulher era frequentemente questionada, Marguerite recorre ao julgamento por combate, um duelo até a morte entre seu marido, Jean de Carrouges, e Le Gris.
O filme é dividido em três capítulos, cada um narrado da perspectiva de um dos personagens principais: Marguerite, Jean e Le Gris. Essa estrutura permite que o público veja os eventos do filme por diferentes ângulos e compreenda as motivações de cada personagem.
George Lucas – “THX 1138” (1971)

Antes de “Star Wars”, Lucas tentou sua sorte com “THX 1138”, uma obra de ficção científica que retratava um futuro distópico. Apesar de seu caráter visionário, o filme não conseguiu conquistar o público nem a crítica.
Em um futuro subterrâneo, a humanidade vive sob controle totalitário. A individualidade é sufocada por um sistema rígido de designações numéricas em vez de nomes, enquanto drogas sedativas reprimem emoções e pensamentos independentes. Nesse ambiente opressor, acompanhamos THX 1138, um operário comum que questiona a realidade ao seu redor.
Martin Scorsese – “New York, New York” (1977)

Por fim, nem mesmo a combinação Scorsese, De Niro e Minelli salvou “New York, New York” de um fracasso inicial. Mas assim como os outros exemplos dessa lista, se tornou um cult com o passar do tempo.
Em meio à euforia do Dia da Vitória em 1945, na cidade de Nova York, o saxofonista ambicioso Jimmy Doyle (Robert De Niro) conhece a aspirante a cantora Francine Evans (Liza Minelli). Entre melodias de jazz e um romance tórrido, a dupla se une em uma banda e busca o sucesso nos palcos da Big Apple.
No entanto, a paixão avassaladora logo se choca com as ambições individuais e a dura realidade da indústria musical. Jimmy, obcecado pelo reconhecimento, se entrega a um comportamento arrogante e autodestrutivo, enquanto Francine conquista a fama com seu talento vocal e personalidade vibrante.
À medida que suas carreiras divergem, o relacionamento entre Jimmy e Francine se deteriora, marcado por traições, ciúmes e ressentimentos. Anos depois, seus caminhos se cruzam novamente, e ambos precisam confrontar os fantasmas do passado e os erros cometidos.

