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5 perdedores do GP da China de Fórmula 1 de 2025

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Se cinco venceram em Xangai, outros cinco perderam clamorosamente.

O GP da China de Fórmula 1 em 2025 deixa amargas lições em alguns pilotos e equipes que, em alguns casos, simplesmente passaram vergonha. Outros tiveram falta de sorte, e foram reféns da desorganização alheia.

Independentemente de qualquer coisa, todos os citados dentro dos cinco perdedores da prova em Xangai precisam refletir um pouco mais sobre a vida do que os outros. Até porque contam agora com tempo para reorganizar a casa (uma vez que o GP do Japão só acontece entre os dias 4 e 6 de abril).

 

Ferrari

A Ferrari viveu um fim de semana para esquecer na China.

Apesar da vitória de Lewis Hamilton no Sprint, mudanças na configuração do carro antes da qualificação comprometeram o ritmo de ambos os pilotos. Sem chances de disputar a pole ou o pódio, terminaram em um distante sexto e quinto lugar.

A situação se agravou com a desclassificação dupla pós-corrida devido a irregularidades técnicas nos carros de Hamilton e Leclerc. Desclassificações por motivos diferentes, mas igualmente patéticos para uma corporação como a Ferrari.

É quase inacreditável que uma equipe desse porte tenha conseguido ter os seus dois carros desclassificados. Estamos falando da Ferrari, e não da Haas ou da Stake Sauber.

Com apenas 17 pontos após duas etapas, a Ferrari se encontra empatada com a Williams e 61 pontos atrás da McLaren. Tem tempo para se recuperar, mas precisa repensar a vida a sério se quiser ser competitiva em 2025.

 

Racing Bulls

A Racing Bulls demonstrou um ritmo impressionante durante todo o fim de semana, especialmente no pelotão intermediário. Yuki Tsunoda conquistou os primeiros pontos da equipe no Sprint, e esboçava entregar um sólido desempenho na corrida.

No entanto, a decisão de manter uma estratégia de duas paradas para ambos os carros na corrida principal, enquanto outros optavam por uma parada, se mostrou um erro crucial. Para piorar, Tsunoda sofreu uma falha na asa dianteira, frustrando qualquer chance de pontuar.

O que fica mais ou menos evidente é que a Racing Bulls ainda está tentando se encontrar. Primeiro, porque perde a Honda em 2026. Segundo, porque precisa lidar com Isaak Hadjar, um piloto novo que tenta entender o rabo de foguete que abraçou.

Terceiro, porque Tsunoda está correndo mais do que o carro, e pensa nesse momento na vaga que Lawson pode liberar na Red Bull em breve.

E por falar em Liam Lawson…

 

Liam Lawson

Enquanto seu companheiro de equipe na Red Bull brilhava com um carro limitado, Liam Lawson enfrentou um fim de semana complicado na China.

O neozelandês não conseguiu encontrar o ritmo ideal do carro, sendo o mais lento em ambas as qualificações. Apesar de uma pequena melhora na corrida, nunca esteve perto de marcar pontos, deixando a equipe Red Bull buscando soluções para o GP do Japão.

Neste exato momento, Lawson ainda é o segundo piloto da Red Bull, mas está com sua vaga mais ameaçada do que Jack Doohan na Alpine. Há quem diga inclusive que a equipe estaria mais de olho em Franco Colapinto do que em Yuki Tsunoda como substituto.

Mas… são rumores. E o rumor mais forte é que Tsunoda seria o companheiro de Verstappen no Japão. Como escrevi antes, a culpa não necessariamente é do Liam Lawson, e é a Red Bull quem tem que lidar com essa situação e, ao mesmo tempo, não fritar precocemente o neozelandês.

Quando escrevi o artigo, Lawson ainda estava na Red Bull. Nas últimas horas, apareceu a notícia que Yuki Tsunoda será companheiro de equipe de Max Verstappen no Japão, com a Honda bancando o aditivo financeiro para a troca acontecer.

Liam Lawson vai para a Racing Bulls, e não será surpresa se o desempenho dele melhorar por lá. Se acontecer – e se Tsunoda bater cabeça na Red Bull – será a prova cabal de que a teoria do “um carro voltado para Verstappen” é uma realidade prática.

Até o momento, a Red Bull não se pronunciou sobre o assunto. E Max Verstappen seria contra a troca.

 

Alpine

A Alpine deixou a China como a única equipe que ainda não somou pontos nesta temporada. Pierre Gasly terminou em 11º pela segunda corrida consecutiva, mas foi desclassificado por uma infração técnica.

E seu companheiro de equipe, Jack Doohan, lutou para acompanhar o ritmo, com ambos os pilotos sofrendo com a falta de performance do carro na qualificação.

Se Flavio Briatore tem como plano desvalorizar a Alpine para uma possível venda, ele está fazendo o trabalho direito. A equipe é hoje a pior do grid, e não vejo muitas perspectivas de recuperação, ainda mais com a Renault praticamente dando as costas para a corporação.

E que fique claro: os pilotos não têm culpa sobre desclassificações e perdas de desempenho.

 

Fernando Alonso

Fernando Alonso teve pouco a comemorar em Xangai. Na verdade, o espanhol não comemorou nada e, se pudesse, daria um soco em alguém.

Apesar de ter terminado a corrida Sprint na zona de pontuação, o Grande Prêmio do espanhol terminou prematuramente devido a um problema nos freios, forçando-o a abandonar a corrida e se tornando o único piloto a não completar um Grande Prêmio este ano.

Alonso está apostando no “vou pagar todos os meus pecados agora para me dar bem depois”. Para passar pela humilhação de perder para o filho do dono (que melhorou o seu desempenho, mas… o quão melhor Lance Stroll está?), ele tem que estar muito crente que 2026 ele terá um carro de ponta.

Mas aí, vem as dúvidas?

O quão estruturada e organizada a Aston Martin está?

O quanto o carro de 2026 terá a mão de Adrian Newey? Será que ele vai acertar logo de cara na nova equipe?

O motor da Honda no novo regulamento… será essa maravilha toda?

E a pergunta mais importante: papai Stroll vai deixar Alonso superar o seu filho na pista?

Será que Alonso tem as respostas para todas essas perguntas (e os números da Mega Sena premiada)?


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