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A crise das livrarias no Brasil (infelizmente)

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Crise no mercado brasileiro de livrarias que vendem eletrônicos (é até estranho eu apresentar o problema dessa forma, mas foi o mais objetivo que eu encontrei para esse momento).

A Saraiva foi mais uma que entrou na lista de empresas dessa categoria que está, no mínimo, reduzindo os seus investimentos no Brasil. De tabela, todas as unidades da rede iTown, revendedora autorizada da Apple no Brasil, foram fechadas.

De quebra, a Saraiva vai deixar de vender produtos de tecnologia, que só serão oferecidos via marketplace, ou seja, por lojas de terceiros, sem manter um estoque próprio dessa categoria de produtos.

Não é mera coincidência.

 

 

Fnac, Livraria Cultura e agora a Saraiva enfrentam uma série de problemas para se manterem no mercado. Coincidência ou não, a Amazon chegou com mais força no Brasil, e é inevitável pensar que a gigante de Jeff Bezos roubou parte desse mercado.

Especialmente no segmento de livros.

E não falo apenas nos livros físicos. Os livros digitais estão se tornando cada vez mais populares. Não que os livros físicos estejam fadados a desaparecer, mas é inegável que o consumo de livros digitais cresce de forma exponencial, e que tal movimento está resultando em uma queda nas vendas de livros físicos.

E Fnac, Livraria Cultura e Saraiva apoiavam muito dos seus lucros nessas vendas.

Some isso à toda uma crise econômica que o Brasil vive, e pronto: temos um cenário completo que explica a a queda de três grandes redes de livrarias no Brasil.

 

 

A Fnac morreu. O que é uma pena.

A Livraria Cultura vai bem mal das pernas, e pode desaparecer a qualquer momento.

E a Saraiva deu os primeiros sinais de enfraquecimento agora.

Não sei se o que falta aqui é um melhor planejamento estratégico, uma mudança de visão de mercado ou se é sinal dos tempos atuais. Na parte das vendas dos eletrônicos, essas lojas sempre tiveram a concorrência dos e-commerces, mas ainda conseguiam se manter.

A chave virou depois da chegada da Amazon no Brasil.

E não vejo sinais de recuperação. É uma crise que deve perdurar até a extinção dessas lojas.

Infelizmente.


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@oEduardoMoreira