Press "Enter" to skip to content
Início » Tecnologia » A culpa foi da pedestre, não do carro autônomo

A culpa foi da pedestre, não do carro autônomo

Compartilhe

Não quero aqui tripudiar em cima de vítimas fatais, e respeito os sentimentos de amigos e familiares que perderam alguém querido. Mas é fato que, no incidente envolvendo o carro autônomo da Uber com a ciclista de 49 anos, a culpa claramente foi da vítima.

Eu tenho como teoria que, quem dirige, vai dirigir para si e para os outros. Para a sua segurança, e para a segurança dos outros. Mas também tem que ter aquela dose extra de atenção com a falta de bom senso dos outros, algo que, infelizmente, nunca poderemos contar.

Eu tiro pelo o que vejo todos os dias. Para alguns ciclistas, não existe leis de trânsito. Fazem o que querem. Não existe sinaleiro, faixas de pedestres, calçadas. Nada.

Mas eles não são os únicos. Tem muito motorista e pedestre inconsequente, que entende que pode violar as leis de trânsito a qualquer momento, sem pensar na segurança dos outros.

Nesse caso em especial, se faz muito barulho porque, mediaticamente falando, chama a atenção um carro autônomo atropelar alguém e, por consequência disso, esse alguém morrer. Mas quando olhamos para os detalhes do acidente, fica evidente que não apenas o carro autônomo não tem culpa, como se o motorista humano estivesse no controle do veículo, muito provavelmente ele não poderia evitar o incidente.

É claro que a fatalidade vai servir para que a Uber e todos que estão desenvolvendo suas respectivas tecnologias de inteligência artificial revejam seus conceitos sobre tal serviço, sem falar que vão trabalhar com mais ênfase sobre o desenvolvimento de uma inteligência artificial mais preparada para esses imprevistos.

Por outro lado, melhorias na previsibilidade da falta de bom senso do ser humano podem resultar em um cenário de caos, onde as pessoas podem entender que, por estarem mais seguras nas ruas, podem se permitir a realizar qualquer coisa nas ruas, aumentando os riscos de incidentes com motoristas humanos, que por sua vez não contam com inteligência artificial nem com resposta rápida para evitar os acidentes.

Insisto que qualquer carro autônomo é, em teoria, mais seguro que qualquer ser humano por trás do volante. Pelo simples fato de uma inteligência artificial ter o talo bom senso que muitos seres humanos simplesmente ignoram sobre sua existência.

Culpar um carro autônomo é bem fácil. Culpar a vítima fatal que atravessou a rua fora da faixa de pedestres? Para alguns, um absurdo.


Compartilhe
@oEduardoMoreira