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A Ferrari melhorou mesmo na Holanda? Ou foi só um placebo?

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E a Ferrari?

Bom, dá para dizer que a Ferrari ao menos se recuperou no GP da Holanda. Se nos treinos dava indícios de que teria mais um final de semana de pesadelo, na corrida mostrou um bom ritmo, a ponto de ficar na frente de sua adversária direta no campeonato, a Mercedes.

É discutível nesse momento a exigência de máxima performance de qualquer equipe em treinos classificatórios, já que o ritmo de corrida é o que manda no final das contas.

O que se levanta dúvidas nesse momento é se a Ferrari poderia ir além se largasse mais adiante, e o GP da Holanda é mais um exemplo disso.

 

Uma performance que levanta dúvidas (positivas)

Charles Leclerc e Carlos Sainz tiveram ótimas corridas, dentro de suas respectivas perspectivas e possibilidades.

E o desempenho dos dois carros da Ferrari hoje deixam essas dúvidas sobre o tal “um passo adiante” que a equipe poderia dar no campeonato.

Leclerc conseguiu segurar as investidas de Oscar Piastri, que pilota uma McLaren que, de forma indiscutível, é o melhor carro do grid nesse momento.

Alguns podem afirmar que o piloto monegasco segurou o novato australiano na base da experiência, o que, de fato, não deixa de ser verdade.

Por outro lado, o fato de Leclerc chegar ao pódio hoje na Holanda também pode estar alinhado ao tal ritmo de corrida da Ferrari, que vem melhorando nas últimas corridas.

A prova de que não estou falando nenhum absurdo foi o desempenho de Sainz, que chegou em quinto, na frente de Sergio Pérez e da Red Bull que, em teoria, ainda é um carro melhor.

E o mais importante de tudo isso: os dois carros da Ferrari chegaram na frente das duas Mercedes, que apresentaram sinais claros de evolução no final da primeira metade da temporada, com vitórias em sequência e performances dominantes.

 

Pode ser algo pontual?

É claro que pode.

A pista da Holanda é muito peculiar, e todo o acerto da Ferrari pensado nessa pista pode ter influenciado positivamente no desempenho dos dois carros.

O grande teste de fogo da Ferrari vem na próxima etapa: o GP da Itália, em Monza.

Se não é possível vencer em casa (e acredito que a Ferrari fará de tudo para desmentir essa minha afirmação), ao menos vai trabalhar para se manter na frente da Mercedes.

Ainda mais considerando os simbolismos que a corrida tem esse ano: Leclerc é o cara que vai ficar, Sainz se despede da Ferrari à força, e Hamilton está chegando, e levar na cabeça do futuro piloto no carro da concorrência é algo indigesto.

Só espero que esse GP da Holanda da Ferrari não seja o combustível de falsas esperanças para os torcedores da equipe.

Um desastre nos resultados em Monza seria algo bem frustrante para os italianos, que normalmente já passam por um vale de desgosto ao longo da temporada.


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@oEduardoMoreira