Os Jogos Olímpicos representam a culminação do esforço humano em busca de superação e excelência.
Com o lema “Citius, Altius, Fortius” (Mais Rápido, Mais Alto, Mais Forte), os Jogos Olímpicos não apenas celebram o topo da performance esportiva, mas também refletem a dedicação e o trabalho árduo dos atletas.
E existe um elemento comum a todos os atletas que podem determinar a quebra de novos recordes: o período do dia em que a competição esportiva é praticada.
Aqui, a regra é a mesma: quanto mais tarde, melhor.
E quebrar um recorde antes das 17h12 é mais difícil que conquistar uma medalha olímpica.
A importância da hora do dia na performance
Os ritmos circadianos são ciclos biológicos que ocorrem em um período de 24 horas, influenciando diversos aspectos do nosso corpo.
Eles regulam funções essenciais, como o sono, a liberação de hormônios e o desempenho físico, sendo fundamentais para entender como o horário da competição pode impactar os resultados.
Estudos indicam que a hora do dia em que um atleta compete pode afetar significativamente seu desempenho. Pesquisas demonstram que o “pico natural” dos ritmos circadianos, geralmente no início da tarde, coincide com os melhores resultados nas competições de alta performance atlética.
Isso ajuda a explicar por que a grande maioria dos eventos esportivos acontecem após o almoço, a partir das 15h (horário local).
Funciona mais ou menos da mesma forma que o seu cérebro: estudar de manhã é um pesadelo para muitos, pois só estamos mentalmente prontos para assimilar o aprendizado após as 10h da manhã.
Em alguns casos, bem depois das 10h. Mas não vamos falar de cenários específicos. Vamos nos prender ao que é considerado como regra para a maioria das pessoas.
O que a ciência diz sobre isso
Um estudo realizado pela Universidade de Groningen analisou os dados de natação dos Jogos Olímpicos de 2004 a 2016.
Os pesquisadores descobriram que os nadadores apresentaram tempos mais rápidos no final da tarde, evidenciando a influência dos ritmos circadianos sobre a performance.
Porém, o estudo é teórico e analítico. As implicações práticas no horário das competições para os atletas tendem a ser limitadas no nosso mundo prático.
A complexidade dos eventos esportivos e a dificuldade de alterar os ritmos circadianos rapidamente tornam esse fator mais um elemento de “sorte” do que uma variável controlável.
Mesmo porque, em determinados esportes, a aleatoriedade dos resultados é determinada por vários outros fatores que vão além do horário que uma competição acontece.
O fator sorte tem papel relevante nos eventos esportivos. O horário da prova pode sim ter um impacto nos resultados, mas não são só os ritmos circadianos que determinam os resultados nas competições.
Assim como acontece para tudo em nossa vida, é preciso analisar um contexto mais amplo para a interseção entre a ciência dos ritmos circadianos e o desempenho esportivo.
De qualquer forma, novas perspectivas são abertas para atletas e treinadores melhorarem ainda mais as rotinas de preparação para as competições.
Compreender como esses ritmos influenciam a performance pode levar ao desenvolvimento de estratégias mais eficazes para as competições.
Lembre-se: informação é poder. E quanto maior for o volume de informações, maiores são as chances de um atleta alcançar o topo na sua modalidade esportiva.