Está difícil.
Com apenas 28% de mercado, o Windows 10 está longe de ter a participação ativa que a Microsoft idealizou para o seu sistema operacional. E não podemos dizer que a gigante de Redmond não tentou fazer o seu software pegar nos computadores. Até oferecer a atualização de graça ela ofereceu.
Não é por falta de qualidade que o Windows 10 não vinga. Eu insisto que esta é a melhor versão do Windows da história. Nunca um sistema operacional da Microsoft foi tão redondo, e isso vem de alguém que usou todas as versões lançadas. Sim, isso mesmo: desde o Windows 1.0.
Porém, o grande problema aqui é a necessidade real de atualização para a maioria dos usuários. Mesmo sem suporte oficial, o Windows 7 ainda funciona muito bem, o que fez com que muitos não quisessem arriscar o novo, ou simplesmente não viram a necessidade de mudar em time que está ganhando.
Além disso, muitos usuários não pretendem agora comprar o Windows 10 (ou uma licença que permita a atualização, uma solução bem mais econômica do que se aventurar em comprar um software novo na íntegra) porque não pretendem trocar de equipamento tão cedo, e sabem que podem receber o Windows novo nessa troca.
O problema é que cada vez menos trocamos os computadores. Tem equipamentos que funcionam muito bem por até dez anos, o que deixa um delay enorme para a nova versão ganhar mercado.
Sem falar que o preço final do Windows 10 é elevadíssimo, mas isso levando em conta uma instalação do zero. Algo que pode ser feito com o software baixado da internet e com uma licença de 25 dígitos válida do novo sistema, algo que já abordei antes nesse texto.
A Microsoft quer alcançar 1 bilhão de dispositivos ativos com o Windows 10, mas esta é uma missão difícil pelos fatores aqui apresentados. E não há muito mais o que fazer para ver essa cota de mercado subindo. Até impor suporte restrito para processadores mais novos ela já tentou, e nem isso fez com que usuários domésticos e empresas decidissem dar o salto.
Aqui, a Microsoft sobre com o mesmo problema da fragmentação do Android, mas ao menos com dois diferenciais importantes: o mercado não vende mais equipamentos com as versões anteriores do Windows, e não há a obsolescência programada imposta pelos fabricantes.
Os dois fatores resultam em perspectiva de crescimento para o Windows 10, mas em um tempo muito maior para um aumento de cota de mercado.
Aumento esse que, diferente do Android, depende exclusivamente da boa vontade dos usuários.