No próximo dia 30 de agosto, uma das primeiras livecams da história da internet será desconectada. A webcam mais antiga do mundo nesse momento, a FogCam, deixará de emitir o seu sinal diante da impossibilidade em encontrar um bom lugar para mostrar como muda a situação atmosférica no campus da Universidade Estatal de San Francisco.
Desde 1994 mostrando as condições meteorológicas
A FogCam de San Francisco nasceu em 1994, através dos então estudantes de informática Schwartz (conhecido como Webdog) e seu colega, Dan Wong (Danno), como uma forma de mostrar as condições do tempo na cidade através de uma visão geral do câmpus da Universidade Estatal.
Os dois se inspiravam na primeira webcam ao vivo do mundo, uma câmera que registrava imagens de uma cafeteira, uma iniciativa quase humorística dos investigadores da Universidade de Cambridge, localizados em diferentes departamentos, que queriam saber se a cafeteira estava cheia ou vazia, estreando em 1993.
Com o tempo, a FogCam foi chamando a atenção. A iniciativa de San Francisco também foi pioneira ao incluir uma sala de chat própria onde quem assistia a sua transmissão poderia conversar com outros espectadores.
Porém, esta relíquia viva dos primórdios da internet vai desaparecer em 30 de agosto. Pela dificuldade em encontrar uma localização idônea para a câmera, e também pela falta de respaldo da universidade, que tolera a presença da mesma, mas não apoia na sua manutenção e permanência. por isso, Webdog e Danno entendem que é hora de deixar o projeto morrer.
After 25 years, Fogcam is shutting down forever at the end of August. Webdog & Danno thank our viewers and San Francisco State University for their support over the years.
The Internet has changed a lot since 1994, but Fogcam will always have a special place in its history.
— FogCam! (@FogCam) August 18, 2019
A internet mudou muito desde 1994, com uma evolução simplesmente assustadora. E é uma pena que a FogCam vai chegar ao fim por falta de apoio. Não estamos falando aqui de inviabilidades técnicas por causa de tecnologias obsoletas, mas por falta de apoio e investimento da instituição em questão.
Pelo visto, não é só no Brasil que é difícil manter projetos ou iniciativas por falta de incentivo institucionalizado. Parece que temos um pequeno fenômeno global acontecendo.