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Afinal de contas… quanto você está disposto a pagar por um smartphone?

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2013 chega ao fim, e com ele, um ano intenso no mundo da tecnologia, especialmente no segmento de smartphones. Esse dispositivo se transformou em um bem tão necessário para os usuários, até o ponto de escolhermos não apenas pelas suas funcionalidades, sendo que em muitos casos esse aspecto passou para um discreto segundo plano.

O smartphone se transformou em um símbolo de status, e por esse motivo, são muitos os usuários que optam por investir quantidades consideráveis de dinheiro na compra de um dispositivo. Curiosamente, o preço de um smartphone não segue necessariamente uma lógica, se comparado com outras categorias. Quero dizer, um smartphone top de linha pode facilmente superar os R$ 2 mil, e com essa quantia poderíamos comprar um notebook ou tablet de elevada qualidade.

Mas… existe uma co-relação de custo/preço de venda?

Alguns poderiam pensar que, por ser menores, sua fabricação é mais complexa. Mais parece mais sensato deduzir que, em se tratando de um produto de primeiro nível, que o usuário está disposto a pagar muito dinheiro para comprá-lo, os fabricantes estão explorando esses fatores ao máximo para ampliar a sua rentabilidade.

Em 2013, vimos de tudo um pouco: a guerra dos smartphones top de linha (iPhone 5s, Galaxy S4 e Lumia 1520, apenas para citar exemplos), onde os preços são os mais elevados, refletindo o que comentei nos parágrafos anteriores. Mas também surgiu uma interessante tendência que vai em sentido diretamente oposto: um grupo de marcas optaram por oferecer smartphones com elevada qualidade, mas com preços muito competitivos.

Pagar R$ 649 por um Motorola Moto G parece ser algo muito mais coerente do que mais que o triplo pelos modelos top de linha. Mas alguns fabricantes decidiram já estabelecer o seu modelo de negócio com a seguinte estratégia: conseguir uma elevada rotação nas vendas, com uma margem menor, mas oferecendo smartphones com preços muito competitivos.

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A Motorola recentemente lançou o Moto G, um smartphone surpreendentemente competente, que oferece uma experiência de uso excelente, e com um preço muito interessante (mesmo quando ele custa R$ 799, na versão com 16 GB, ou R$ 999, com os fones Sol Republic, que custam bem mais que R$ 200 lá fora). Estamos diante de um dispositivo com tela de 4.5 polegadas (720p) com Gorilla Glass, 1 GB de RAM, câmera de 5 megapixels e processador quad-core de 1.2 GHz. Um belo smartphone por um preço bem acessível.

Nessa estratégia diferente de oferecer um produto de qualidade com preço acessível, poderíamos pensar que a Motorola pode ter prejuízos em oferecer o “bom e barato”. Não é isso. É o contrário: fabricantes como a Apple, que cobram um rim por um iPhone é que obtém lucros desmedidos pela venda do seu hardware. E isso é algo notório. Por outro lado, a estratégia adotada hoje pela Motorola é a mesma que há tempos é a escolhida da fabricante chinesa Xiaomi, que cresce de forma exponencial nos mercados asiáticos, com lucros milionários, provando que é possível sim oferecer um bom produto por um preço razoável, e lucrar com isso.

Porém, é importante ver o outro lado da moeda: os usuários estão cientes sobre o quanto estão pagando para ter um smartphone avançado e de marca?

Possivelmente sim, ou talvez não, mas provavelmente já nos acostumamos com isso. Essas elevadíssimas margens de lucro e a constatação que há um nicho de mercado que simplesmente não se importa com o preço pago por um produto motivou a aparição de fabricantes que centram os seus esforços exclusivamente nos dispositivos top de linha, mas mais dirigidos aos clientes que buscam praticar o elitismo e a ostentação.

Este tipo de comprador quer o seguinte: ao tirar o seu smartphone do bolso em uma reunião ou evento social, ou que o seu telefone seja o único entre os presentes, ou o centro das atenções.

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Parece evidente que existe algo a mais na compra de um smartphone do que a simples soma de suas especificações e que, na realidade, queremos algo a mais desse produto. Mas… o que exatamente?

O professor Coye Cheshire, da Berkeley School of Information sustenta a teoria que o smartphone se transformou em um dos elementos mais importantes para uma classificação social. Segundo o professor, o iPhone representa a “classe social mais alta” na percepção da maioria das pessoas. Coye adverte que essas modas mudam, e que o melhor exemplo disso é o BlackBerry, que no passado ocupava essa posição.

Agora, sabendo de tudo isso, seja bem sincero, amigo leitor: você comprou o seu último smartphone apenas pelas suas funções? Ou porque buscava um “algo a mais” com o produto? E quanto você está disposto a pagar por isso?

Para mais informações acesse: The New York DigitalLegally Sociable


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@oEduardoMoreira