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Anatel dá uma dentro e simplifica na hora de bloquear um celular roubado

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Normalmente não costumo elogiar as medidas dos órgãos do governo. E não é nem pelo governo. É porque normalmente essas decisões não são tomadas para facilitar a vida do consumidor. Mas iniciativa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em facilitar os procedimentos para o bloqueio de linha de celular em caso de roubo, furto ou extravio é algo mais que bem vindo, e beneficia a muita gente.

No final do ano passado, vi essa experiência relativamente de perto. Minha ex-esposa teve o seu celular roubado em plena luz do dia (final da tarde de um domingo). Fora o susto (graças a Deus ela não se machucou), ficaram as dores de cabeça com todos os procedimentos para realizar o procedimento de bloqueio de linha.

Primeiro, o boletim de ocorrência. Horas em um local que é desagradável por si. Depois disso, encaminhar o B.O. para a operadora e, através do IMEI (um número gigante que 95% das pessoas não carrega consigo em um lugar seguro), o aparelho é bloqueado. É claro que eu não poderia esperar que minha ex tivesse o IMEI do celular dela consigo. Nem eu tenho (vamos ser sinceros…). Por isso, não conseguiu bloquear o celular.

Nesse meio tempo, o burro do ladrão (que só roubou o dispositivo em questão – um Nokia E5 – para comprar drogas), vendeu o telefone com chip e tudo. A burrice aumenta quando a moça que comprou o telefone roubado não só começou a utilizar a linha, como modificou o WhatsApp como se fosse o seu! Aí, foi fácil identificar quem roubou.

No final das contas, minha ex-esposa decidiu manter a linha ativa, e está com o WhatsApp ativo de novo. Mesmo assim, não teria conseguido bloquear o aparelho por não ter o IMEI do mesmo.

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Agora, isso mudou. A Anatel mudou essas regras, e começou a implantar na polícia civil dos estados brasileiros o Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (CEMI). Esse cadastro é vinculado à GSMA, que é quem faz o controle de todos os IMEIs e números de telefonia móvel no planeta. Logo, esse é um cadastro global e bem complexo.

O novo cadastro vai permitir que o usuário bloqueie um celular perdido, roubado ou extraviado simplesmente informando o número do telefone vinculado ao aparelho. Não só a linha é bloqueada, como o telefone também. Sem maiores dores de cabeça. E isso pode ser feito tanto na delegacia de polícia, no ato do boletim de ocorrência, ou diretamente na operadora de telefonia móvel.

Além de agilizar a vida do usuário e remover metade das dores de cabeça que normalmente temos nesse tipo de situação, a Anatel também tem como objetivo inibir os roubos de carga de aparelhos que ainda não chegaram ao mercado, algo que está acontecendo e muito principalmente na região de Campinas (SP). Nesse caso, os fabricantes ainda precisam passar os IMEIs dos lotes roubados. Mesmo assim, é uma forma de prevenir no lugar de remediar.

De qualquer forma, a Anatel marcou um gol. Não foi um gol de placa (aí também é pedir demais para mim), mas é um gol que vale a pena ser registrado. Facilitar a vida do usuário não é uma prática muito comum dos órgãos governamentais, e essa decisão com certeza vai ajudar muita gente nos próximos meses.


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@oEduardoMoreira