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Apple, mais uma que ama a ‘obsolescência programada’

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A Apple admitiu seu movimento de ‘obsolescência programada’ quando decide voltar atrás e devolver ao usuário o direito de controlar o desempenho final do seu dispositivo, independente do fato de um dos seus componentes estarem em degradação por conta do tempo de uso.

Ao fazer isso, ela basicamente admite o erro que cometeu ao impor uma limitação técnica sem avisar os usuários que estava fazendo isso. Esse é o grande ponto onde a gigante de Cupertino errou e feio. Não colocar tal comportamento dos seus dispositivos nos famigerados termos de uso (que ninguém lê, vamos ser honestos…) foi o tiro no pé.

No lugar de perder nos tribunais, a Apple optou por fazer o mesmo que vários fabricantes de smartphones Android já entregam a algum tempo: o controle dos recursos de hardware em função do software nos seus dispositivos.

Samsung, Sony, ASUS, LG e vários outros fazem exatamente a mesma coisa que a Apple estava fazendo: coloca recursos de software para limitar ou turbinar o hardware de um smartphone, de acordo com a necessidade do usuário.

É claro que esses fabricantes o fazem por motivos diferentes. A maioria deles coloca limitadores de recursos para melhorar a autonomia de bateria do dispositivos.

A diferença é que tudo fica muito claro para o usuário, que abre mão de recursos diversos do dispositivo, além da redução do desempenho do processador em casos pontuais. O usuário sempre fica sabendo que abre mão de alguma coisa para obter o benefício de uma bateria com autonomia maior.

No caso da Apple, o ponto de crítica sempre foi o fato de fazer isso sem alertar ao usuário que estava fazendo. Sem que o usuário pudesse escolher ou decidir sobre o que fazer. De novo, não é nem pela imposição, mas sim por fazer sem deixar claro que estava fazendo.

E aqui temos a tal ‘obsolescência programada’. Com um desempenho inferior, o usuário é induzido a adquirir um novo smartphone, ou obrigado a trocar a bateria em uma autorizada da empresa, o que rende lucros para a Apple de qualquer forma.

Esse é o tipo de episódio que me deixa avesso aos métodos da Apple em se impor no mercado. Não estou dizendo que não voltarei a ter um iPhone um dia, mas atitudes como essas me incomodam profundamente. Entendo que a gigante de Cupertino não é a única que faz isso, e que a tática é a mesma para vários fabricantes não mais atualizarem os seus dispositivos Android depois de 2 anos de vida.

Mesmo assim. Limitar a bateria sem avisar o consumidor é depor contra. Muito contra.


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@oEduardoMoreira