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Aquecimento Vingadores: Guerra Infinita | Doutor Estranho (2016) | Cinema em Review

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Daqui até o dia 26 de abril de 2018, data de estreia de Vingadores: Guerra Infinita, vamos revisar todos os filmes da Marvel Cinematic Universe, em reviews semanais (em alguns casos, dois por semana). Nosso objetivo é apresentar toda a caminhada até aqui.

Provavelmente minha perspectiva sobre os filmes será diferente daquelas que tive quando escrevi os reviews no calor da emoção. Em alguns casos, os filmes não tiveram review, porque o SpinOff.com.br ainda não existia, ou porque não fazíamos a cobertura do conteúdo de cinema que fazemos hoje.

Desse modo, uma nova série de posts nasce no blog, como aquecimento para um dos maiores eventos do cinema em 2018.

 

 

Doutor Estranho (2016)

 

 

Mais uma grata surpresa da Marvel.

Se eu não achava que Homem-Formiga poderia vingar, que dirá Doutor Estranho, outro personagem que era um completo desconhecido para mim. Porém, a essa altura do campeonato, devo confessar que o problema não está na Marvel ou na escolha dos seus personagens para seus filmes, mas sim na minha descrença diante do desconhecido.

Aqui, a Marvel coloca os dois pés no mundo da magia e do multiverso. Uma aposta ambiciosa, no filme mais diferente da franquia até agora, mas sem eliminar seu selo de identidade.

Ah, sim… de tabela, consegue ser um dos melhores filmes da Marvel até então.

Um novo herói, que é apresentado com vários dos elementos já presentes nos filmes da Marvel, mas com uma proposta e foco diferente, apostando no mítico mais acessível para o grande público.

 

 

A liberdade visual vista em Doutor Estranho ajudou e muito a contar a sua história. O filme é um espetáculo visual de primeira categoria, mas sem abusar disso, alternando nas soluções apresentadas para não se esgotar antes do tempo.

Logo de cara, sabemos que estamos em uma proposta 100% Marvel, mas em um filme que cria seu próprio universo com calma, assentando as bases para o futuro. Sem falar que tem o mérito de não deixar um Benedict Cumberbatch (aka o Pereio Britânico, segundo Eduardo Sacer) ser uma mera variante de Sherlock Holmes.

Strange é um gênio antipático que acaba vendo com mais clareza a realidade de sua nova condição, mas sem forçar a sua descoberta, ajustando melhor o seu tom junto ao público.

Isso faz com que a trama de apresentação de novo personagem seja maior do que o fato de Cumberbatch estar em um personagem. O sentido de diversão da Marvel se faz presente com um humor eficiente, mas também com a necessidade de encontrar um tom que combine leveza e credibilidade, uma combinação mais problemática para se trabalhar do que muitos imaginam.

 

 

O ritmo do filme é muito vivo, mas sem ser acelerado. Seus diálogos são bem pensados, sem deixar cair na rotina. Talvez poderiam ter deixado o protagonista mais divertido, mas isso deixaria o filme muito diferente, e a sensação de apresentação do personagem teria suplantado todo o resto.

Temos um filme onde a narrativa se encaixa com o universo planejado sem um depender do outro. O visual nos abre para um mundo cheio de possibilidades, com espaço para alguns detalhes um pouco mais sinistros. Todos os elementos são administrados e entregues de forma fluída para conquistar o espectador, e a trilha sonora de Michael Giacchino ajuda a dar liga a tudo isso.

Tudo bem que a Marvel pode ter limitado essa evolução do filme. Por outro lado, se a corda corresse solta, ele seria um filme muito mais irregular. O padrão Marvel funciona muito bem e, de quebra, permite que nenhum filme novo seja mais do mesmo. Porém, impõe limites que ninguém consegue superar.

 

 

Doutor Estranho é diferente porque não fala de superpoderes, mas sim de magia. É um diferencial agradável, pois Strange fez sim magia, mas com critério e bom gosto.

Destaque sim para Cumberbatch, mas não devemos nos esquecer de todo o elenco, onde todos estão bem encaixados em seus personagens, cada um com sua importância. Tilda Swinton está impecável, e Mads Mikkelsen tem seus momentos de brilho, apesar de sofrer dos mesmos problemas da maioria dos vilões da Marvel.

Da forma como seu apresentou, é um dos melhores filmes da MCU, mesmo apresentando predicados diferentes. A aposta no engenhoso e minimalismo funcionou de forma prefeita, deixando de lado os elementos de saturação tradicionais.

 

 

Por fim, Doutor Estranho é um grande passo adiante da Marvel nos seus planos de ampliação e expansão do seu universo. Soube introduzir um novo personagem, e ampliou de forma notável esse universo, com tanta efetividade, que é uma experiência que merece aplausos.

 

 


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@oEduardoMoreira