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Black Lightning (CW, 2018) | Série em Review (Primeiras Impressões)

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Black Lightning

A CW segue explorando muito bem a sua parte da Warner Bros., aproveitando o amplo catálogo de heróis da DC para oferecer boas séries dentro do segmento. E Black Lightning parece ser mais um acerto.

A série é bem diferente de tudo o que vimos até agora no Arrowverso. Na verdade, Black Lightning não faz parte do conglomerado de séries formado por Arrow, The Flash, Supergirl e Legends of Tomorrow. Bom, pelo menos é isso o que estão nos vendendo nesse momento: quando Supergirl migrou para a CW, o canal disse a mesma coisa, e veja só o que aconteceu…

Black Lightning mostra a história de Jefferson Pierce (Cress Williams), um vigilante urbano aposentado com poderes elétricos, que agora é um membro da comunidade, diretor de um instituto e pai divorciado de duas filhas, Anissa (Nafessa Williams) e Jennifer (China Ann McClane), que começam a mostrar sinais que também possui poderes.

O sequestro das duas filhas de Jefferson fará com que o Black Lightning saia do seu retiro, em um momento onde as tensões raciais estão no auge na cidade.

Por algum motivo que ainda não entendemos, na TV norte-americana, se você é negro, você está envolvido de algum modo no mundo da criminalidade. Se você é um herói negro, seus arqui-inimigos vão de trombadinhas a gangsters que roubam jovens confusos do bairro. A boa notícia é que esse mundo é retratado a partir da perspectiva de um criador afro-americano, que aproveita para falar sobre discriminação racial e barreiras que existem para que a vida de muitas pessoas possa mudar.

Porém, essa exploração pode chocar um pouco em um gênero de vocação aventureiro típico das séries de heróis. Mas ainda quando estamos falando da CW, onde a disposição da luta entre o bem e o mal precisa ser algo patente.

Nesse sentido, Black Lightning se parece muito mais com Luke Cage do que com as demais séries de heróis do canal, com a diferença que a nova série da CW transita em uma comunidade local mais genérica.

Logo de cara, a série mostra Jefferson como um personagem que quer fazer a diferença, onde o seu passado o impede de ser quem ele quer, com uma motivação clara um companheiro/tutor nas sombras, e um inimigo imediato a ser derrotado.

Assim, sem querer, Black Lightning deixa de ser mais uma série de herói genérico para tomar o seu próprio caminho, com um entorno mais realista, apostando mais no conceito de vigilante.

Pelo menos no começo, a versatilidade intrínseca de uma série de heróis está presente. Quem sabe com uma boa história podemos receber um conteúdo que fale de todos os tipos de temas, inclusive os sociais. E é isso o que deve fazer essa série única dentro do universo da DC: um drama que se destaca especialmente nessa sua capacidade ser algo mais ‘pé no chão’.

 

 


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@oEduardoMoreira