É a primeira vez que um braço robótico faz isso (que eu consigo me lembrar). E o xadrez é um esporte que está longe de ser violento, exceto quando você enfrenta um braço robô que tem a força de um elefante.
Durante o Moscow Chess Open, torneio celebrado na Rússia, um robô enxadrista agarrou e quebrou o dedo do seu oponente, uma criança de 7 anos de idade que participava da competição.
O que Sergey Lazarev, presidente da Federação Russa de Xadrez, afirmou diante do ocorrido é o óbvio: “isso é supostamente algo ruim”.
Na verdade, é péssimo. Alarmante. Bizarro.
Não dá para deixar isso acontecer de novo
O braço robótico foi contratado para disputar as partidas com outros competidores, e isso é algo comum em torneios de xadrez, já que essa tecnologia permite que o mesmo braço dispute partidas simultâneas ao mesmo tempo.
O acidente pode ser visto no vídeo no final do post e, aparentemente, não resultou em danos mais sérios. O garoto fez a sua jogada, o robô ia fazer o seu movimento, mas a criança se antecipou, movendo a mão fora de hora.
Infelizmente, o robô ia mover uma peça que coincidia com a posição do seu oponente, o que fez com que o braço robótico agarrasse o dedo da criança.
Problemas são mais frequentes do que parecem
Jesus… A robot broke kid‘s finger at Chess Tournament in Moscow @elonmusk @MagnusCarlsen
There is no violence in chess, they said.
Come and play, they said. https://t.co/W7sgnxAFCi pic.twitter.com/OVBGCv2R9H
— Russian Market (@runews) July 21, 2022
Problemas com robôs são muito comuns, principalmente quando não contam com supervisão direta dos humanos.
Os braços robóticos entendem o tabuleiro e realizam o movimento, mas nada além disso. Quando a criança colocou a sua mão sobre a peça, o robô simplesmente ignorou essa informação, e seguiu com o seu trabalho.
Isso faz com que Sergey tire a responsabilidade do robô e coloque a culpa sobre a criança, que se moveu antes do tempo, violando as regras de segurança da disputa. O robô estava programado exclusivamente para entender onde estão as peças, mas não para identificar um movimento aleatório do competidor humano.
Isso faz com que se levante uma discussão sobre a importância da implementação de um sistema de inteligência artificial que possa identificar esses movimentos dos humanos que são repentinos. Uma programação tão primária para um braço robótico é algo inaceitável.
Felizmente, a criança teve lesões leves com o incidente, e esperamos que a Federação Russa de Xadrez repense os aspectos de segurança no uso de robôs em jogos de xadrez.
Se bem que conheço alguns seres humanos extremamente competitivos que, se pudessem, fariam o mesmo para evitar a vitória do seu oponente. Quebrar o dedo do adversário para ganhar a todo custo seria o mínimo que esses indivíduos fariam.