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Brasil pode ter Bitcoin como moeda oficial: vai dar certo?

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Usar o Bitcoin para comprar um hambúrguer no McDonald’s ou pagar por um ingresso no Rock in Rio já é possível. Algumas fintechs especializadas em moedas digitais já oferecem essa possibilidade. Agora, alguns países flertam com a possibilidade de usar a criptomoeda para um uso legal e corrente, e o Brasil é um desses países.

Está em curso de votação pela Câmara dos Deputados um projeto de lei que tem como principal objetivo regularizar as criptomoedas no Brasil, separando o joio do trigo e implementando o Bitcoin como moeda de curso legal.

Em termos práticos: o Bitcoin pode se tornar uma moeda oficial no Brasil, ao lado do Real.

Isso vai dar certo?

 

 

 

Uma tendência global

 

Quem lê o termo “regulamentação” pode sentir arrepios, principalmente se a pessoa que está lendo é um jornalista. Porém, diferente do que se imagina, isso não é algo tão ruim assim no caso das criptomoedas.

Uma regulamentação não só torna o Bitcoin como legalmente válido para as transações financeiras, como também impede que uma critpomoeda menos conhecida seja utilizada para transações ilícitas. Além disso, com regras mais claras, também pode limitar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro que já estão acontecendo com o uso das moedas virtuais.

Mas isso, na teoria. Você bem sabe como o Brasil funciona, não é mesmo?

Por outro lado, além do reconhecimento legal do Bitcoin, uma regulamentação também resulta em uma maior arrecadação fiscal por parte do governo, tal e como acontece com basicamente qualquer coisa que passa a valer na legislação brasileira.

De qualquer forma, o Brasil está acompanhando uma tendência global, já que outros países estão investindo esforços na implementação de moedas digitais em suas respectivas economias. O Japão já oficializou a sua criptomoeda nacional, e El Salvador está até minerando Bitcoin a partir do calor de um vulcão.

Quem não está gostando nada disso é o Fundo Monetário Internacional, que não vê com bons olhos as criptomoedas, alegando que o ambiente virtual é menos seguro que os seus cofres. Sem falar que a virtualização do dinheiro é uma grande concorrente dos bancos tradicionais.

E isso está bem claro com o aparecimento de tantas fintechs e bancos digitais.

 

 

 

Mas… vai dar certo?

 

Se fizer direito, vai dar certo sim. O problema é que as coisas sempre são muito mais complexas no Brasil, e por diversos fatores.

Por mais que a grande maioria dos brasileiros já conte com um smartphone no bolso, fato é que o tema das criptomoedas ainda é desconhecido para muita gente. Só agora que o brasileiro médio aprendeu a utilizar os bancos digitais e, ainda assim, precisou uma pandemia global para que essa mudança de comportamento se consolidasse.

Quem sabe agora que todo mundo está usando bancos digitais para pagar comida via delivery é que podemos começar a conversar sobre o uso mais amplo das criptomoedas no Brasil.

Sem falar que a enorme instabilidade do Bitcoin deixa um ar de insegurança sobre as possibilidades da proposta prosperar. Mas isso é tema para outro post.

Por hora, torço para que o projeto brasileiro funcione de alguma forma. Pena que não temos um vulcão ativo para minerar criptomoedas. Seria tão mais fácil…

 

 

Via Investing, yahoo! finance


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@oEduardoMoreira