Lamento, mas não tenho uma forma mais educada para começar esse artigo. Até porque o Raphinha não merece.
Então… CALA A BOCA, RAPHINHA!
Em novembro de 2024, publiquei um vídeo intitulado “O Raphinha não sabe o que fala”. Na época, a Seleção Brasileira tinha acabado de empatar com o Uruguai em casa (1 a 1), e o atacante teve a audácia de declarar (aqui, em versão reduzida, pois ele falou um monte de coisas):
“Jogamos pra caramba, estamos preparados para qualquer um”.
O tempo mostrou o quão equivocada foi essa afirmação. E como Raphina não sabe quando calar a boca para evitar problemas para ele mesmo e, por tabela, para a própria Seleção Brasileira.
Realidade x Falácia
Aparentemente, o Raphinha é o “menino da bolha”, pois ele vive em uma realidade que só ele acredita que é algo prático ou crível.
Mesmo assim, o atacante teve a coragem de dizer em entrevista a Romário antes do jogo contra a Argentina que “ia dar porrada na Argentina”. E os eventos subsequentes provaram, mais um vez, que Raphinha deveria falar menos e jogar mais.
Contra a Colômbia, o Brasil suou para vencer. Contra o Uruguai, em novembro do ano passado, sequer venceu.
Será mesmo que Raphinha acreditou, com toda a convicção, que aquele era o melhor momento para fazer aquela declaração?
Pois bem… coincidência ou não, os argentinos entraram em campo já classificados e tranquilos, apenas esperavam o momento certo para humilhar o Brasil.
E alcançaram o objetivo. Humilharam. Massacraram. Esmigalharam.
Chegaram ao ponto de pedir um minuto de silêncio, pois o futebol brasileiro estava morto e enterrado.
O problema não é a opinião de Raphinha, mas sua total falta de senso de realidade.
O Brasil não ganha de ninguém, mas ele insiste em dizer que “ninguém ganha do Brasil”. Ao mesmo tempo, a Argentina não precisou recorrer à violência, porque dominou tecnicamente. O futebol que um dia foi a marca da Seleção Brasileira agora está com os argentinos, que jogam com tática, velocidade e precisão.
O treinador da Argentina, Lionel Scaloni, transformou um elenco mediano, composto por jogadores que eram relativamente desconhecidos em 2022, em uma equipe campeã do mundo. E fez isso sem Messi e Lautaro Martínez.
Enquanto isso, a Seleção Brasileira patina, e o técnico Dorival Júnior não consegue dar identidade ao time. Parece mais um professor de física da USP do que um estrategista de futebol.
Fale menos, jogue mais
Raphinha tem talento. Ele é o melhor jogador do Barcelona hoje, um dos melhores do mundo. Mas ninguém ao seu redor parece disposto a fazer o “media training” que ele precisa urgentemente.
Ou nem mesmo um amigo ou parente chega perto dele para dizer a realidade: “o que você, Raphinha, conquistou no futebol para ficar falando essas merdas?”
Suas declarações desastradas só inflamam os adversários. O que ele disse a Romário correu para a imprensa argentina em minutos, e serviu como gasolina para o jogo. Resultado? O Brasil saiu altamente queimado, e virou alvo de deboche e bullying dos adversários.
Não adianta bravata quando o desempenho não corresponde. Inclusive o seu desempenho individual, Raphinha, já que o senhor não jogou nada contra a Argentina.
Raphinha nesse momento é considerado um pipoqueiro. Não jogou nada e foi feito de pano de chão pelos jogadores argentinos. E em todas as vezes que foi incitado “para dar porrada”, arregou em todas.
Não é possível que, depois de tudo o que aconteceu, o Raphinha realmente acredite que fez tudo certo, sem uma reflexão profunda sobre suas posturas, atitudes e falas como jogador da Seleção Brasileira.
Que Raphinha entenda que ele precisa falar menos e jogar mais. E entenda isso rápido para ajudar a evitar mais um vexame histórico: a primeira vez que o Brasil não vai para uma Copa do Mundo.
O próximo jogo é contra o Equador, fora de casa. A classificação para a Copa do Mundo está ameaçada. O Brasil que jogue de verdade para garantir a sua vaga no Mundial.
Então, Raphinha… que tal guardar as palavras dentro da sua boca… e deixar o futebol falar por você?