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Canonical joga a toalha, e desiste do mercado mobile

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Saber quando desistir é um sinal de maturidade. Ou é apenas uma rendição por entender que não pode competir com os gigantes. Seja como for, A Canonical jogou a toalha, e desistiu do mercado mobile ao anunciar o abandono ao Unity, voltando a centrar os seus esforços de desenvolvimento do Ubuntu ao bom e velho GNOME.

Um dos principais nomes do universo open source toma uma de suas mais acertadas decisões.

Convenhamos: se é difícil para uma gigante como a Microsoft em fazer emplacar as suas soluções para o mercado de telefonia móvel, que dirá para a Canonical, que por melhor que seja o software oferecido, possui um potencial de penetração muito menor.

 

Não estou aqui sendo pragmático. Não quero dizer que nenhuma desenvolvedora pequena vai conseguir prosperar no mercado mobile. Eu não sou capaz de prever o futuro, e se o fosse, essa conversa jamais estaria acontecendo.

Mas sempre trabalhamos com uma coisa chamada perspectiva. Olhamos para o presente e projetamos o futuro. E pelo andar da carruagem atual, é realmente muito difícil que qualquer empresa desenvolvedora de software faça emplacar uma nova plataforma que toma de assalto o mercado de telefonia móvel.

Citei o exemplo da Microsoft, pois o Windows 10 Mobile ainda existe (pelo menos por enquanto, e de forma residual). Poderia citar o caso da BlackBerry, que desistiu do seu BlackBerry OS em favor do Android, e da Samsung, que até aposta no Tizen para os mercados de entrada, mas que para não perder tudo o que já investiu nesse software (que recentemente foi descrito como “o paraíso para os hackers” de tão mal programado que foi), acaba utilizando o mesmo em diferentes tipos de dispositivos.

 

A Canonical moveu as fichas de forma correta, levando em consideração o seu tamanho e suas perspectivas de mercado. O Ubuntu poderia ser sim um excelente sistema operacional para as plataformas móveis, mas como crescer e prosperar em um duopólio tão sólido como é o do Android/iOS, e sem o devido suporte financeiro para se tornar visível.

A iniciativa é boa, mas não iria ter uma posição de destaque no mercado móvel. Como tantas outras que apareceram nos últimos anos.

 

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@oEduardoMoreira