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Cara Apple: o próximo iPhone precisa ser, obrigatoriamente, algo espetacular!

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Eu poderia encerrar esse post aqui, pois o título resume tudo o que eu penso sobre a questão. Mas não. Vamos desenvolver um raciocínio para ser malhado pelos fanboys. Desconfio que isso é praticamente um masoquismo digital, mas estamos aqui para isso. Enfim, fato é que as cartas estão na mesa. O mercado de telefonia móvel ainda está em ebulição, e os smartphones que foram apresentados nas últimas semanas estão elevando o padrão em níveis antes inimagináveis. E a Apple tem que se preocupar com isso. E muito.

O Samsung Galaxy S4 é apenas o topo de uma pirâmide de novos smartphones com configurações elevada e recursos inovadores. Isso mostra que os fabricantes estão sim se esforçando para convencer o consumidor que eles pelo menos tentam adicionar elementos novos e interessantes, mostrando que enquanto umas e outras tiram um centímetro aqui, aumentam meia polegada de tela aqui, colocam um processador novo e outras perfumarias, a concorrência oferece novidades reais e que efetivamente podem mudar a experiência de uso com o dispositivo.

Não posso me esquecer de modelos como o Sony Xperia Z, HTC One, Nokia Lumia 920 ou BlackBerry Z10. Veja bem, não estamos nos focando aqui no que é melhor ou pior que o iPhone 5, mas sim, aqueles que apresentam reais novidades, e não mudanças nas especificações técnicas ou em suas medidas. O mercado de telefonia móvel está, hoje, muito mais sofisticado, e oo que é mais importante: abandonamos o termo “iPhone Killer” como referência a um possível smartphone que possa arrebentar o protagonismo do smartphone da Apple. Até porque, no cenário de hoje, o iPhone não é mais o “protagonista”, já que a maioria já olha os mais recentes lançamentos com outros olhos.

De fato, só para a Apple o iPhone não deixou de ser a estrela do mercado. Para Phil Schiller sair disparando cobras e marimbondos contra o sistema Android e os smartphones da Samsung a poucos dias de apresentação do Galaxy S4, é porque ficou claro que ele queria fazer a Apple ter alguma evidência em uma semana onde a mídia que cobre o mundo da tecnologia só falava na Samsung. E não ser o centro das atenções incomoda. Ainda mais quando todo mundo fala do seu maior rival. E todo esse cenário culmina em uma única sentença: a pressão para que o próximo iPhone surpreenda o mundo nunca foi tão forte.

O problema da Apple agora é o tal “monstro da expectativa”. O mercado como um todo simplesmente não vai se conformar com um iPhone 5S, que deve receber apenas melhorias no seu processador e na câmera, como citam alguns rumores. E veja bem, amigo leitor: melhorias. Nenhuma grande inovação que impressione, ou que faça ao menos com que os fanboys xiitas batam no peito com orgulho, dizendo “o iPhone segue foda, e o Galaxy S4 é um lixo”. E, mesmo assim, o mundo dito racional não vai concordar com essa afirmação.

Estou esperando pelo contra-ataque da Apple. Algo que mostre que eles estão dispostos a recuperar o protagonismo no mercado mobile, e isso só pode ser feito se eles mostrarem AGORA um avanço tecnológico até então considerado inédito. Melhor: uma novidade que seja algo simples de utilizar. Algo funcional e que todos possam utilizar (e não o Siri, que sequer fala português depois de 2 anos). A simplicidade era algo que a Apple se orgulhava de oferecer em seus produtos, mas o cenário atual mostra que não são eles que fazem o mundo mobile mais simples, e sim, a Samsung. Ah, e antes que você comece a me xingar: essa é a MINHA OPINIÃO. Eu entendo que os concorrentes da Apple avançaram muito rapidamente nesse sentido, pulverizando as expectativas da empresa de Cupertino.

Outra coisa: não é fácil fugir do ecossistema criado pela Apple ao longo dos anos. iCloud, AirPlay e alguns benefícios aos seus clientes em produtos e serviços são argumentos contundentes, que acabam formando uma base sólida de usuários. Mas isso acaba tendo um preço: esses mesmos usuários começam a ver que “a grama do vizinho é mais verde”, e as opções de considerar uma saída do mundo criado por Cupertino é cada vez mais tentadora. Nesse sentido, a Apple não se deu conta que seus concorrentes cresceram, e se apoiaram no mais forte dos argumentos: o iPhone hoje é um “mais do mesmo” (eu não me atreveria a dizer que o iPhone é “limitado”, até porque não é), com um sistema operacional que não sofreu uma grande modificação desde o seu lançamento, em 2007. É muito tempo para os usuários ficarem olhando para a mesma interface, todos os dias.

O grande problema para a Apple (e uma péssima notícia para quem espera a tal inovação no conceito) é que tudo indica que o novo iPhone vai ser mesmo um iPhone 5S. E aí, todo mundo sabe o que vai acontecer: o mesmo hardware, mas com um processador e câmera melhorados, além de algumas outras poucas melhorias. Aí, Tim Cook apresenta o smartphone dizendo que é “mágico e revolucionário”, e um bando de trouxas vão acreditar nisso, enchendo o meu saco no Twitter. Mas isso não é importante. A pergunta que eu faço é: estariam os usuários do iPhone dispostos a comprar o iPhone 5S, se ele realmente trouxer apenas essas “novidades”? Ou vão buscar ares novos em outras plataformas?

Existe sim um fio de esperança em um futuro diferente, pelo menos no tocante ao iOS: o carismático Jony Ive é agora o responsável pelo design do sistema operacional móvel, e esse amante da perfeição pode sim sorpreender o mundo, com uma interface renovada e funcional. Porém, conhecendo a Apple como nós conhecemos, o mais certo é esperarmos por mudanças conservadoras e pouco transgressoras, para evitar uma fuga de milhões de usuários que já estão acostumados aos ícones e gestos da plataforma atual, e que acham isso “o máximo”.

Por fim, me agarro às previsões do pessoal da Morgan Stanley: teremos mudanças já na próxima versão do iPhone, e serão mudanças significativas. Os analistas se atrevem a dizer que podemos sim contar com um iPhone que ofereça algum recurso considerado matador e indispensável para todos, o que pode representar um novo golpe da Apple contra os seus adversários. Como não poderia ser de outra maneira, muitos se mostram céticos diante desse exercício de futurologia, acreditando que a Apple só vai apresentar um iPhone melhorado e nada mais.

Ao meu ver, a Apple tem a obrigação de surpreender no próximo iPhone. Qualquer coisa que seja menos que espetacular já é considerado um fracasso. Repito: não inovar dessa vez não é uma opção.

 


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@oEduardoMoreira