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Coisas que (muito provavelmente) serão proibidas nos próximos 20 anos

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É proibido proibir. Na verdade, algumas proibições são necessárias para evitar que esse mundo louco que vivemos vire uma bagunça. Por exemplo, discursos extremistas ou discriminatórios precisam ser proibidos, para o bem de todos.

A humanidade avança, e parte dessa evolução passa pela proibição de leis, costumes e hábitos que antes eram normalizados pelo coletivo. E mesmo que você não goste disso, as coisas precisam mudar para serem melhores de alguma forma.

Neste artigo, vou abordar aspectos de nossas vidas que (muito provavelmente) serão proibidos nos próximos 20 anos. Não estou cravando que isso vai acontecer, mas a tendência é que aconteça de alguma forma.

 

Algoritmos de seguimento sem o consentimento

Com a crescente preocupação com a privacidade online, é provável que, dentro de 20 anos, haja uma proibição mais rigorosa de algoritmos de seguimento sem consentimento. Até porque monitorar as pessoas em qualquer lugar é algo extremamente abusivo.

Governos podem implementar regulamentações restritivas para limitar o uso desses algoritmos sem o consentimento explícito dos usuários. Pode não parecer, mas você tem o direito de ir para qualquer lugar sem ter uma IA observando esse deslocamento.

 

Inteligência Artificial sem controle

Isso aqui me parece um caminho óbvio.

O avanço da inteligência artificial levanta questões éticas diversas, resultando em possíveis proibições contra o desenvolvimento e implementação de sistemas de IA que não atendam a padrões morais.

Isso incluirá a proibição de algoritmos que perpetuam a segregação ou a discriminação, visando a segurança pública e direitos individuais. Mesmo porque tudo o que o mundo não precisa é de uma IA racista, sexista e homofóbica.

Para isso, já basta a burrice dos racistas, sexistas e homofóbicos. Uma IA burra não faz muito sentido.

 

O “microtargeting político” nas redes sociais

A manipulação da informação e o chamado “microtargeting político” (que é basicamente o controle dos grupos na sociedade por essa mesma manipulação) nas redes sociais podem enfrentar proibições ou regulamentações rigorosas.

Isso pode incluir a proibição da coleta de dados pessoais para fins políticos e a implementação de medidas para garantir transparência e equidade na publicidade política online.

Há quem diga que isso é o mesmo que censura ou vetar o direito de livre expressão. Já eu entendo que é só você não contar mentiras na internet, e está tudo certo.

 

Tecnologias de reconhecimento facial

As preocupações com privacidade e segurança relacionadas ao reconhecimento facial podem resultar em proibições ou restrições, o que pode efetivamente dificultar o progresso dessas tecnologias.

O principal objetivo dos vetos é a proibição da coleta e uso de dados biométricos sem consentimento, com regulamentações sobre a implementação desses sistemas em espaços públicos e privados.

É importante garantir os limites do uso do reconhecimento facial com parâmetros éticos e, ao mesmo tempo, garantir o seu desenvolvimento, já que é uma tecnologia que pode ser útil em diferentes campos.

 

Pena de morte

Embora não relacionado à tecnologia, a pena de morte pode ver seu fim em alguns anos, à medida que se valoriza a reabilitação e reinserção dos condenados.

Sei que este assunto é polêmico e muito sensível para algumas pessoas, mas deixo o registro que, na minha modesta opinião, aplicar penas de prisão perpétua DE VERDADE para aqueles que claramente não se encaixam mais na sociedade civilizada é uma forma mais eficiente para punições individuais.

Tirar a vida de alguém que está disposto a qualquer coisa para justificar os seus atos não é algo tão efetivo do que fazer aquela pessoa lidar com a situação em uma prisão pelo resto da vida.

De qualquer forma, alguns defensores dos direitos humanos argumentam que a pena de morte entra em confronto com o direito à vida de qualquer pessoa, além de ser um ato ineficaz, já que pode ser aplicada de forma injusta (contra um inocente ou um culpado sem provas).

 

Proibições ou regulações em VPNs

Apesar de serem fundamentais para a privacidade online, as VPNs podem enfrentar proibições ou regulamentações, especialmente relacionadas à cibersegurança e preocupações governamentais.

A capacidade das VPNs de contornar censura e monitoramento pode levar a medidas restritivas por parte de alguns governos com visões ditatoriais ou extremistas.

Além disso, a indústria do entretenimento pode ver nas plataformas de VPNs as próximas inimigas do setor, já que driblam as restrições geográficas na visualização de séries e filmes em diferentes países.

 

Possível adeus aos carros de combustão

É a mudança mais próxima de acontecer para os próximos 20 anos, e não necessariamente por causa do avanço tecnológico, mas pela pura necessidade de salvar a humanidade dos efeitos do aumento de temperatura do planeta, que é constante e perceptível.

Em um contexto ambiental crescente, é provável que os veículos de combustão interna enfrentem mais proibições. Países e cidades já adotam medidas para limitar ou eliminar esses veículos, com zonas de baixas emissões e planos para proibir a venda de novos carros a combustão.

O impulso para a eletrificação é um catalisador nesse processo, mas o grande obstáculo neste aspecto está no embate com as gigantes do petróleo, que podem ter prejuízos irreversíveis com o fim dos carros à combustão.

A minha dica é: carros híbridos funcionando com biocombustíveis. E, ainda assim, a indústria petrolífera vai perder a guerra de alguma forma.


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@oEduardoMoreira