Um grupo de odontólogos do King’s College em Londres se propôs a dar de presente para a humanidade o fim da visita aos dentistas para a extração de dentes, com o desenvolvimento da capacidade natural do dente se reparar sozinho.
O segredo está na polpa do dente, mais precisamente nas células mãe da polpa dentária.
A polpa é um tecido que é protegido pela dentina e o esmalte presente no coração de cada dente. Esse mecanismo serve para corrigir pequenas imperfeições na dentina. O que os pesquisadores descobriam é que um medicamento usado no tratamento do Alzheimer podia potenciar esse mecanismo para regenerar gradualmente dentes completos.
A técnica até agora foi testada em ratos, cujos dentes foram regenerados com uma esponja biodegradável empapada com o remédio e seladas com adesivo dental. Depois de duas semanas, os dentes já apresentavam melhores resultados que os métodos tradicionais, e a dentina se regenerou até preencher todo o espaço reservado.
A dúvida agora é se a técnica funciona em dentes maiores, ou seja, nos dentes dos humanos. Os primeiros testes para se obter a resposta devem começar em breve, e antes do final de 2017 teremos os primeiros resultados.
Infelizmente, para quem odeia o dentista, a má notícia é que, se comprovada a eficiência dessa técnica, ela representaria uma revolução em relação aos métodos de restauração usados hoje, com pastas mais duradoras e de melhor qualidade. Porém, ainda não poderemos eliminar completamente o dentista, já que alguém precisa remover tártaros e cáries do seu dente quando necessário.
Mas não vamos perder as esperanças.
Via Nature