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Assassin’s Creed (2017) | Cinema em Review

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Assassin's Creed

 

Bem que o Sacer avisou…

Eu ainda acho o Sacer um noob sobre o mundo de tecnologia. Afinal de contas, ele não gosta de Silicon Valley (HBO) porque não entende o cenário de tecnologia, e a série é ótima. Logo, quando ele classificou tão mal o filme Assassin’s Creed, baseado em um jogo de videogame, coloquei na conta do “ele é um ignorante sobre o mundo dos videogames, logo, como ele pode gostar?”.

Acontece que ele tinha razão. E meu post só serve para pontuar onde foi que ele acertou na avaliação dele, mesmo sem entender sobre o mundo dos games.

 

Assassin’s Creed conta a história do “credo dos assassinos”, uma sociedade secreta que visava combater a Ordem dos Templários, durante a Inquisição espanhola. Apenas para explicar em linhas gerais: esses assassinos queriam impedir que se implantasse uma filosofia onde um grupo de pessoas usavam a religião e a Igreja para pregar o fim do livre arbítrio, onde apenas os líderes religiosos sabiam o que é certo ou errado para a sua vida.

Mas voltando a 2016, uma instituição desenvolve uma tecnologia que permite que um dos descendentes da ordem dos assassinos reviva os eventos ocorridos no século XV, apenas com o objetivo de obter a Maçã do Conhecimento, que teoricamente acabaria com o conflito entre assassinos e Templários.

Porém, os planos dão errado. Callum Lynch (Michael Fasbender) descobre muito mais do que o seu passado, mas também de onde vem sua origem violenta, e qual é a sua missão na Terra.

A dele e a de outros prisioneiros da mesma organização.

Agora, os Templários de hoje voltam a lidar com um sério fantasma do passado: a nova ordem do credo dos assassinos, que estão dispostos a garantir que o mundo não será feito de pessoas sem pensamento próprio ou personalidade.

 

 

Tudo muito bonito, mas Assassin’s Creed é um filme desnecessário, pelo menos da forma em que foi apresentado.

Para começar, eu entendo que a parte histórica dos acontecimentos (que é o flashback de Lynch, que o mostra em ação em uma vida passada) é a história principal. Não poderia ser descartada. Aliás, ali o enredo do filme está bem estruturado, pois é onde a mitologia do jogo se faz mais presente.

Porém, o ideal seria fazer um filme totalmente com essa aventura histórica, que não é única. O personagem central no game passa por vários outros eventos históricos nas continuação dos games, o que renderia interessantes narrativas futuras.

Assassin’s Creed se complica mesmo na parte que acontece no presente.

É absolutamente desnecessária a organização que busca a Maçã do Conhecimento, pelo menos na ideia de manter um bom ritmo para um primeiro filme. Se ela aparecesse no final, como um grande plot twist, mostrando que o nosso assassino principal foi “migrado” para os dias de hoje, e aí sim a partir de um segundo filme esse cenário do presente prevalecesse, como algo inédito para todos… isso seria bem legal.

Mas não.

Criaram uma organização mega tecnológica, que cria uma máquina do tempo que nem eles mesmos conseguem controlar direito.

Para piorar, há um conflito enorme no local onde vários outros herdeiros do credo dos assassinos, todos com habilidades incríveis nas artes marciais… que desde o começo do filme esperam pacificamente o assassino mor se rebelar, para SÓ ENTÃO iniciarem uma rebelião e consequente fuga.

Como assim?

Os caras poderiam ter matado na base da porrada todos os guardas e esperam um filme inteiro para fazer isso?

Não faz o menor sentido!

 

Enfim, Assassin’s Creed tem um roteiro complicado, ritmo maçante, e nem mesmo toda a boa produção salvam como esse filme foi mal executado. Não é uma grande porcaria, mas é um filme com problemas para contar uma história de forma interessante.

Deve ter um segundo filme, mas é uma pena ver uma das franquias mais populares do mundo dos videogames ter um resultado cinematográfico problemático.

É a prova que lutas bem coreografadas não salvam filmes com enredos mal executados.

 


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@oEduardoMoreira