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Como a internet e as redes sociais influenciaram na sexualidade humana

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Recentemente, uma amiga minha foi surpreendida por receber um membro rígido pelo WhatsApp. Ela foi pega de surpresa, apesar de receber a foto de uma pessoa com quem ela tinha intimidade. Na verdade, ela já tinha visto o sexo daquele homem ao vivo. Mas nunca se imaginou receber esse tipo de conteúdo no seu smartphone.

Porém, ela mesma admitiu que gostava de pornografia. Não assistia sempre, mas não se recusava a receber. Gostaria de receber vídeos pornográficos, mas tinha medo de ser censurada pelos familiares. Eu simplesmente disse: “não deixe seus familiares acessarem esse conteúdo, e siga em frente”.

E, pelo visto, ela vai ter coragem e seguir em frente no consumo de pornografia.

Com esse episódio em mente, eu fiquei pensando em como a internet modificou o comportamento das pessoas no consumo de conteúdo adulto. E em como as redes sociais ajudaram a disseminar a pornografia. E esses eventos são positivos e negativos, a partir de diferentes perspectivas.

Por um lado, algumas pessoas estão quebrando tabus, ficando mais libertas de conceitos e pré conceitos que não levam a nada, e explorando sua sexualidade com maior liberdade e objetividade. Em alguns casos, estão redescobrindo o prazer e mudando a sua visão do mundo.

Levando em conta que o smartphone é um dispositivo de uso pessoal, a teórica privacidade implícita no seu uso pode ser um mecanismo que dá um certo reforço para as aspirações daqueles que buscam algumas emoções e sensações novas em suas vidas.

O que não pode é deixar as pessoas mexerem no seu smartphone, certo?

Por outro lado, a mesma internet e as mesmas redes sociais também são utilizadas como ferramentas de disseminação do chamado “revenge p0rn”, que acaba com a imagem da vítima em questão, sem falar que pode ser usada como ferramenta de extorsão e ameaça de pessoas que acabam compartilhando suas intimidades nas redes sociais.

Além disso, muitos doentes estão utilizando as ferramentas eletrônicas para compartilhar a pornografia infantil que, além de ser um crime detestável, mostra o pior do ser humano no explorar da sexualidade de pessoas inocentes.

É preciso usar o meio termo. O filtro do equilíbrio.

 

 

A culpa não é da pornografia quando tudo dá errado. Muito menos da internet ou das redes sociais. A culpa é de algumas pessoas que não sabem usar o bom senso. Mesmo porque é bem sabido que boa parte dos usuários que estão nas redes sociais recebem conteúdos pornográficos de forma privada. E a imensa maioria dos internautas estão a pelo menos dois cliques de conteúdos pornográficos na internet.

Logo, se não dá para proibir (o que, repito, é errado), pelo menos temos que filtrar esse conteúdo. Por nós, pelos nossos filhos, netos, e por todos aqueles que podem ser afetados pelo mau uso das redes sociais para essa e outras finalidades.

Não acho que a minha amiga tenha que se sentir constrangida porque pode ser flagrada com pornografia no seu celular. Ela deve é prezar sim pelo seu direito à privacidade. E explorar o seu prazer particular da forma como ela quiser.

E, quanto a nós, além de cuidar das nossas vidas, aprender a usar o bom senso na hora de consumir e compartilhar esse tipo de conteúdo.

Hoje, a pornografia é mais livre e disseminada. Consumimos conteúdos adultos na privacidade, pelas telas dos smartphones, onde poucos sabem. Ou não. O que é privativo nesse mundo conectado?

Mas o que realmente importa é que as pessoas precisam ter o direito à liberdade de explorarem esse aspecto da vida de forma livre, sem travas.

Proibir? Jamais. Sexo é vida. É muito bom. É saudável.

E nos dá prazer.


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@oEduardoMoreira