Os notebooks voltados para os videogames estão mais populares do que nunca. Mesmo porque são dispositivos que são atraentes tanto par aos gamers quanto para os usuários mais profissionais.
O grande problema para quem pensa em comprar um portátil gaming é o preço, que normalmente são estratosféricos. Existem alguns notebooks para jogos que são menos caros, mas ainda assim custam mais do que muitos notebooks intermediários.
Na tentativa de tentar melhorar a relação custo-benefício do equipamento, alguém pensou em construir um notebook gaming com peças de desktop…
…e a partir de agora, compartilho os resultados desse experimento.
De onde veio essa ideia?
Um dos principais pontos de crítica em relação aos portáteis gamer é a discrepância de desempenho em comparação com os computadores desktop com configurações similares.
Por exemplo, a RTX 4090 “móvel” oferece um desempenho significativamente inferior à versão de desktop, levando muitos a questionar a validade do termo “gamer” associado a esses dispositivos.
A relação entre “expectativa” e “realidade” para os clientes de notebooks gaming pode ser um dos fatores que resulta na desistência desse formato de equipamento.
Dito isso, a iniciativa da Socket Science em criar um portátil gamer utilizando componentes de desktop tenta responder aos anseios dos mais críticos.
O projeto, que levou 14 meses para ser concluído, destaca a possibilidade de um desempenho superior para os jogos ao combinar a potência dos componentes de desktop com a portabilidade de um laptop.
É um enorme desafio do status quo do conceito do “notebook gamer”. Ou uma tentativa de redefinição do termo.
O projeto… funcionou?
Como você já pode imaginar, construir um portátil gamer com partes de desktop não é uma tarefa simples. Caso contrário, os grandes fabricantes do setor de informática já teriam entregado ao mercado um produto com essas características.
A Socket Science teve que resolver problemas de execução do projeto, que vão desde a adaptação de um sistema de refrigeração eficiente até a criação de um design que acomodasse todos os componentes.
A necessidade de um conector de energia personalizado e a ausência de uma bateria são apenas dois exemplos da complexidade do projeto, exigindo habilidades técnicas avançadas dos envolvidos.
A refrigeração é um aspecto crítico em qualquer sistema de jogos, especialmente em um portátil que utiliza componentes de desktop.
Combinar heat pipes, dissipadores e ventiladores personalizados foi fundamental para garantir que o sistema funcione de maneira eficiente.
Além disso, o design precisava equilibrar a estética e a funcionalidade, tornando o dispositivo não apenas poderoso, mas também agradável ao usuário.
Do mais, adaptar o teclado, touchpad e monitor não deu muito trabalho, já que tudo passou por uma impressora 3D e soldas para montar tudo.
O conector de alimentação de energia foi criado especificamente para esse notebook, que não recebeu uma bateria, por questões de segurança.
Ou seja, você vai ter que usar esse “portátil gamer” conectado na tomada o tempo todo, o que tira a ideia de portabilidade.
Mas não podemos dizer que o notebook não funciona. Como você pode ver no vídeo abaixo, ele é totalmente funcional, e pode servir de inspiração para uma versão 2.0 do projeto…
…com um sistema de refrigeração mais eficiente e, quem sabe, com alguma sorte, uma bateria integrada.