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Como foi a volta de Jimmy Kimmel

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Todo mundo estava esperando por esse monólogo. E ele veio. E foi algo histórico para a TV norte-americana.

Jimmy Kimmel retornou ao programa Jimmy Kimmel Live! na terça-feira após quase uma semana de suspensão pela ABC. O apresentador foi afastado do ar devido à controvérsia gerada por seus comentários sobre o assassinato do comentarista conservador Charlie Kirk.

Na verdade, Kimmel foi censurado, e todo mundo sabe disso, exceto aqueles que negam a realidade, tal e como ela se apresenta.

Em seu primeiro monólogo de volta, Kimmel abordou diretamente a polêmica e criticou as tentativas do governo de silenciar vozes críticas. E vou resumir neste artigo, de forma muito condensada, os cinco principais pontos de sua fala.

O monólogo completo tem mais de 26 minutos, e estará disponível no final do artigo. E eu recomendo que você veja tudo, pois foi simplesmente sensacional.

 

Pedido de desculpas e esclarecimentos sobre comentários

Kimmel se emocionou ao esclarecer que nunca foi sua intenção fazer pouco caso do assassinato de Charlie Kirk.

O apresentador admitiu que seus comentários foram “inoportunos ou pouco claros” e enfatizou que não considera o assassino como representante de qualquer grupo político. Ele reforçou sua posição de que a violência nunca é solução para conflitos políticos.

Na verdade, Kimmel não tinha do que se desculpar.

A falta de caráter combinada com a incapacidade cognitiva de um grupo resultou em sua suspensão, já que distorcer falas e narrativas alheias é a especialidade de quem não admite, sob nenhuma circunstância, que fatos sejam expostos ao grande público.

 

Agradecimentos ao apoio bipartidário recebido

O comediante expressou gratidão especial aos colegas Stephen Colbert e Jon Stewart, que o defenderam publicamente.

Mais surpreendentemente, agradeceu a senadores republicanos como Mitch McConnell e Ted Cruz, que defenderam sua liberdade de expressão. Kimmel chegou a concordar com Cruz sobre os riscos do silenciamento governamental de vozes discordantes.

Para você ver como a situação em que a Disney se colocou era tão extrema e patética…

 

Críticas diretas às pressões antiamericanas de Trump

Kimmel atacou frontalmente o presidente Donald Trump, acusando-o de promover ações “antiamericanas” ao tentar cancelá-lo.

O apresentador ironizou que os esforços de Trump para tirá-lo do ar acabaram gerando mais audiência para seu programa. Ele classificou as tentativas presidenciais de silenciar críticos como contrárias aos valores fundamentais do país.

Trump comemorou o cancelamento de Colbert, afirmou que Kimmel “seria o próximo” e, após a queda de Jimmy, pediu com todas as letras para que a NBC “fizesse o mesmo” com Jimmy Fallon e Seth Meyers.

Ou Trump odeia talk shows, ou quer censurar todos que são vozes contrárias à sua gestão.

 

Impacto nas afiliadas e decisão da Disney

A suspensão afetou diretamente a programação de dezenas de afiliadas da ABC controladas por Nexstar e Sinclair, que se recusaram a transmitir o programa.

A Disney, empresa-mãe da ABC, tomou a decisão de trazer Kimmel de volta após conversas internas, mesmo reconhecendo os riscos de retaliação política que essa escolha poderia gerar.

Lembrando sempre que a Disney é diretamente interessada na “bênção” da FCC, pois precisa da autorização da entidade para vender 10% da ESPN para a NFL.

 

Exemplo de perdão da viúva de Charlie Kirk

O momento mais emotivo do monólogo aconteceu quando Kimmel destacou a atitude de Erika Kirk, viúva do comentarista assassinado, que perdoou publicamente o assassino de seu marido.

O apresentador considerou esse gesto como um exemplo a ser seguido pela sociedade americana, especialmente em tempos de polarização política extrema.

Ele encerrou o monólogo defendendo que esse tipo de graça deveria inspirar a superação das divisões nacionais, indicando um princípio de caminho para um cenário onde as pessoas podem voltar a “concordar em discordar”.

Veja o monólogo na íntegra, no vídeo abaixo.

 

Via TVLine


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@oEduardoMoreira