Bernie Ecclestone, o ex-chefão da Fórmula 1 decidiu que, aos 94 anos, vai leiloar sua coleção de 69 monopostos da categoria, considerada a maior do mundo. A venda será feita por meio do negociante Tom Hartley Jr., e não em um leilão público.
Ecclestone expressou seu amor pelos carros, mas afirmou que é hora de pensar no futuro e no que acontecerá com eles após sua morte. Ele deseja saber para onde os carros irão, ao invés de deixar essa missão para a sua esposa.
Se você sempre sonhou em ter um Fórmula 1 real na garagem de sua casa (e tem US$ 10 milhões sobrando em sua conta bancária), essa é a chance da sua vida.
Do que estamos falando?
Essa coleção é descrita como “a coleção de carros de corrida mais importante do mundo”, reunindo veículos de diversas eras da Fórmula 1.
A coleção inclui veículos pilotados por lendas da Fórmula 1, como Michael Schumacher, Niki Lauda e Nelson Piquet.
A coleção contém raridades como um Auto Union V16 pré-Segunda Guerra Mundial e modelos clássicos da Ferrari. Hartley Jr. destacou que nunca houve uma coleção como essa à venda antes.
Alguns dos carros são simplesmente lendários:
- Ferrari F2002, usada por Michael Schumacher em sua histórica temporada de 2002.
- Ferrari 312B3 de Niki Lauda.
- Ferrari 375 F1 pilotada por Alberto Ascari.
- Brabham BT46B, também conhecido como “carro ventilador”.
- Algumas raridades como o Thin Wall Special e o Auto Union V16 pré-Segunda Guerra Mundial.
Os carros da Ferrari se destacam, tanto pelos modelos clássicos como pela contribuição histórica à Fórmula 1, incluindo vitórias icônicas sobre rivais como a Alfa Romeo.
Os veículos únicos, com histórico de grandes pilotos como Schumacher, Niki Lauda e Stirling Moss, fazem dessa venda um marco sem precedentes no mercado automobilístico.
A revista Magneto teve acesso exclusivo à coleção, enquanto a venda será realizada pela Tom Hartley Jr., especializada em veículos clássicos de luxo.
Especialistas avaliam a coleção em cerca de US$ 300 milhões, com alguns carros chegando a cifras milionárias, como a Ferrari F2002, estimada em até US$ 10 milhões.
Esta não é a primeira vez que Ecclestone se desfaz de parte de sua coleção; em 2007, ele vendeu 50 carros através da RM Sotheby’s.
O histórico de Ecclestone na F1
Considerado uma figura central na história da Fórmula 1, Ecclestone foi responsável por transformar o esporte em uma das categorias mais lucrativas do automobilismo.
Foi dono da equipe Brabham na época em que Nelson Piquet foi bicampeão mundial, antes fundar a FOCA, entidade que enfrentou a FISA, liderando uma greve na categoria, o que resultou depois no famoso “pacto de Concórdia”, que gerencia o dinheiro distribuído na Fórmula 1 até hoje.
Ecclestone também foi o presidente do Grupo de Fórmula 1 até a aquisição pela Liberty Media em 2017. Sua gestão na categoria era de mão de ferro, mas sua visão comercial impulsionou a categoria para uma era de modernidade.