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Como “Thunderbolts” promete ser um filme da Marvel Sudios com toque de A24

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Florence Pugh, aclamada por papéis que mesclam profundidade e força, está prestes a entrar em um dos projetos mais ambiciosos da Marvel Studios. Em “Thunderbolts”, ela não apenas interpreta Yelena Belova, uma personagem complexa em seu background, mas também redefine o que significa ser uma protagonista em um mundo dominado por super-heróis.

Usando como referência criativa ninguém menos que a A24, uma produtora cinematográfica conhecida por narrativas ousadas, este filme promete ser um marco. Ou Pugh acaba de colocar a barra criativa lá em cima, colocando um nível de exigência para o filme e sua história que, para muitos, pode ser algo desnecessário.

Principalmente se a Marvel Studios não entregar o que Pugh prometeu em sua recente entrevista para a Empire.

 

Pode reinventar o gênero?

Em “Thunderbolts”, Pugh reassume de vez o manto da Viúva Negra, uma assassina com um passado sombrio, cuja jornada desafia os clichês do gênero.

A Marvel quer dessa vez surpreender ao entregar um roteiro que mistura drama psicológico e ação desenfreada. A química entre Pugh e o diretor, Jake Schreier, responsável por filmes como “Paper Towns”, adiciona camadas de autenticidade à narrativa.

A trama gira em torno de uma organização secreta que recruta indivíduos com habilidades letais, em um mundo onde os Vingadores não existem (ainda serão reconstruídos), mas que sempre precisa se proteger de uma ameaça maior.

A boa notícia para quem assistiu aos demais projetos da Mavel Studios até aqui é que este não é mais um filme de origem, já que praticamente todos os personagens principais desse filme foram apresentados em projetos anteriores.

A má notícia é para os paraquedistas, ou para quem só vai querer ver esse filme e não faz questão alguma de assistir a todo o catálogo de filmes e séries que a Marvel lançou até agora: aqui, tem personagens que vão de “Homem-Formiga e a Vespa” até “Falcão e o Soldado Invernal”.

A história mergulha em dilemas morais, questionando até onde alguém está disposto a ir pelo “bem maior”. E entender as motivações iniciais desses personagens é importante para absorver a experiência do filme por completo.

 

Entendendo a fala de Pugh

Florence Pugh não é uma atriz qualquer, pois desde seus trabalhos em “Midsommar” até “Viúva Negra , ela demonstrou uma habilidade ímpar de transformar personagens em ícones.

Em entrevista exclusiva para a Empire, a atriz revelou que seu personagem carrega traumas que ecoam em cada decisão, tornando a trama imprevisível. Ela também enfatiza que a violência que vamos testemunhar no filme não é gratuita, mas sim um reflexo da brutalidade do mundo real.

Bem no estilo que a A24 faria se fosse a produtora do filme.

Se for assim, não deixa de chamar a atenção essa tentativa da Marvel Studios em adotar uma abordagem mais inovadora e adulta, permitindo que o filme flerte com o tom de produções independentes.

Enquanto os blockbusters tradicionais apostam em CGI exagerado, “Thunderbolts” deve priorizar a tensão humana. E se isso realmente acontecer, as chances do filme superar as expectativas aumentam.

Cada cena é uma peça de um quebra-cabeça maior, conectando o público a um universo que, embora familiar, pode dessa vez parecer algo realmente novo.

A parte mais complicada desse processo é contar uma boa história.

 

Como a A24 pode influenciar no futuro do MCU

Para quem não conhece, a A24 é uma produtora que, nos últimos anos, se tornou sinônimo de ousadia dentro de Hollywood.

Responsável por filmes como “Hereditário”, “Guerra Civil”, “Sing Sing” e os vencedores do Oscar de Melhor Filme “Moonlight – Sob a Luz do Luar” e “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo tempo”, o estúdio é o que existe de mais novo e revolucionário em Hollywood nesse momento. E ter essa referência para o próximo projeto da Marvel Studios aumentam as expectativas sobre o resultado final do longa.

“Thunderbolts” aparenta ter uma estética visualmente impactante e uma narrativa não linear. A referência de Pugh pode parecer inusitada para uma Disney que se preocupa tanto com o “Family friendly”, que chegou a demitir James Gunn de forma prematura (e perdeu uma grande mente criativa par a DC Studios).

Por outro lado, essa pode ser uma fala estratégica, para ampliar o alcance do filme para um público mais adulto, que não está pensar em ver “Thunderbolts” pela ideia previamente estabelecida de que o filme pode ser um grande “mais do mesmo” das Marvel.

De todos os filmes lançados na Marvel Studios nos últimos anos, é justamente “Thunderbolts” aquele que tem mais chance de equilibrar o espetáculo hollywoodiano com a profundidade de um cinema autoral.

Jake Schreier, em coletivas de imprensa, destacou que a direção priorizou a imersão. Cenários minimalistas, planos-sequência arrebatadores e uma trilha sonora envolvente criam uma atmosfera claustrofóbica.

A promessa é que o espectador não apenas assista à ação, mas sinta cada golpe, cada suspiro. Esse estilo, combinado com a complexidade do roteiro, pode fazer de “Thunderbolts” um divisor de águas.

Além disso, o filme prepara o terreno para novos arcos na Marvel. Personagens secundários ganham destaque, e easter eggs espalhados pelas cenas prometem conectar o longa a futuros projetos, a caminho das Guerras Secretas.

Com essa expectativa criada, “Thunderbolts” é quase obrigatório para quem chegou até aqui com os filmes e séries da Marvel. Florence Pugh levantou a bola para um filme que pode redefinir a forma do estúdio de Kevin Feige em contar histórias.

E tudo o que eu escrevi neste artigo é muito mais uma torcida para que dê certo do que uma certeza. É uma aposta, carregada de esperança.

Não me cobre por absolutamente nada se der tudo errado quando o filme estrear.


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