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Como Warren Buffett está vivo até hoje com Coca-Cola e McDonald’s todos os dias?

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Imagina a cena.

Em uma cafeteria barulhenta, dessas que pipocam nas esquinas das grandes cidades, um grupo de jovens empresários debatia freneticamente sobre a última tendência em dietas low carb.

Entre goles de café artesanal e mordidas em torradas de abacate, as palavras “macros”, “calorias líquidas” e “detox” eram mencionadas como se fossem pertencentes a algum bingo ou “drinking game”.

No outro canto do salão, um senhor de 94 anos — terno desalinhado, olhar sereno e uma bandeja com um cheeseburger do McDonald’s e uma Coca-Cola clássica — observava a cena com um leve sorriso de canto.

Um ar debochado, de quem está vivendo há muito tempo comendo que gosta, sem medo de falhar na tentativa.

O senhor era ninguém menos que Warren Buffett, um bilionário cuja dieta parecia tirada diretamente do cardápio de uma criança hiperativa em um parque de diversões.

 

Coca-Cola com McDonald’s aos 94 anos

“Esses jovens levam a vida a sério demais”, pensou Buffett enquanto abria a tampa de sua terceira Coca-Cola do dia. O som efervescente do gás escapando soava como uma sinfonia para seus ouvidos.

Ele sabia que sua rotina alimentar era uma afronta ao manual de qualquer nutricionista, mas o que poucos percebiam era que ele não estava apenas se alimentando, mas sim se divertindo.

“Afinal, o que pode ser mais simples e eficiente do que comer o que te faz feliz enquanto gerencia bilhões de dólares?”

Levando em consideração que você pode comer o que quiser quando tem bilhões de dólares para gerenciar, a banalidade da alimentação passa a ser uma diversão (eterna, pelo dinheiro quase infinito).

Naquele dia, um dos jovens da cafeteria notou Buffett. Ele não resistiu e se aproximou:

— Sr. Buffett, com todo respeito, como o senhor consegue manter essa rotina alimentar e ainda ser tão produtivo?

Buffett deu uma longa pausa, tomou um gole de sua Coca-Cola (normal, nada de versões zero ou light, como ele fazia questão de ressaltar em entrevistas – já que diabetes não deve pegar naquele homem), e respondeu:

— Olha, meu jovem, eu sigo a dieta de seis anos. É uma fórmula infalível. Descobri que as crianças de seis anos têm a menor taxa de mortalidade. Então, por que não imitar o que funciona?

O jovem riu, mas não tinha certeza se Buffett estava brincando ou se realmente acreditava naquilo. Até porque faltam dados concretos para respaldar tal afirmação.

Mas a teoria é minimamente interessante, e não custa nada tentar replicar essa estratégia. Bom, você pode não viver até os 94, mas certamente será mais feliz comendo fast food todos os dias.

 

Não se leve tão a sério

Para Buffett, a questão era simples: a vida não precisava ser levada tão a sério.

Enquanto muitos quebravam a cabeça para entender os gráficos e previsões financeiras, ele gerenciava bilhões com a mesma leveza com que escolhia entre nuggets ou hambúrguer no café da manhã.

E ele tinha suas manias, claro.

Quando as ações da Berkshire Hathaway subiam, o pedido no McDonald’s custava US$ 3,17. Se caíam, US$ 2,95.

“Disciplina financeira até na hora de comprar o café da manhã”, costumava dizer, com um sorriso que irritava até o mais cínico dos economistas.

Dá para afirmar aqui que Warren Buffett jamais perderia o seu dinheiro em bobagens como o famigerado “Jogo do Tigrinho”, pois essa seria a última coisa que ele se convenceria de que valia a pena arriscar.

Naquele mesmo dia, enquanto voltava para casa, Buffett pensava na obsessão moderna por otimização: corpos, rotinas, produtividade.

Ele lia sobre isso, claro, enquanto devorava suas habituais 500 páginas diárias de relatórios financeiros e biografias.

Ler é apenas um dos hábitos que Buffett cultiva para ser uma pessoa bem-sucedida na vida. E para ele, a verdadeira otimização de tempo outra coisa:

“Durma oito horas por noite. Sempre. E não deixe ninguém roubar seu descanso.”

Buffett era um paradoxo ambulante. Um homem que ignorava tendências, mas sempre sabia o momento certo de apostar ou recuar no mercado.

Que bebia Coca-Cola como se fosse água, mas tinha exames de sangue que fariam qualquer médico coçar a cabeça em perplexidade. Que vivia de fast food, mas construía um império bilionário com paciência e visão.

E talvez fosse isso que o fazia tão magnético: a ideia de que, enquanto o mundo complicava tudo, ele simplificava. Ele não seguia regras porque já tinha entendido que as regras, no fundo, eram apenas uma convenção temporária.

Naquele dia, ao terminar seu quinto refrigerante, Buffett sorriu.

A rotina continuava a mesma, como deveria ser. Os jovens continuariam correndo atrás de dietas milagrosas, shakes de proteína e aplicativos de produtividade.

E ele?

Bem… ele só precisava de um cheeseburger e um sono tranquilo para manter sua mente afiada e seu bolso cheio.

Se eu e você tentarmos a dieta dos seis anos, vamos ficar ainda mais pobres e com problemas sérios de saúde.

Vai por mim. Eu já tentei. Não deu resultado.

 

Via Fortune


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