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Compreenda: cada produto tem o seu público específico

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Eu ainda estou testando o HP Slate 7. Um tablet que muita gente esperava muito, por ser um produto da HP. Muitos imaginavam que a HP iria colocar no mercado um produto para bater de frente com o Nexus 7 ou o Kindle Fire, que são ótimos tablets com preços competitivos. Porém, a HP ofereceu um produto de baixo custo (US$ 139, ou R$ 599 no Brasil), com algumas limitações, mas que satisfazem ao mercado dos usuários de entrada, ou que buscam um produto de baixo custo.

“Por que isso acontece?”, alguns perguntam. Porque ainda se faz necessário.

Ao testar o produto, eu compreendi que a proposta da HP foi oferecer um produto um pouco acima da média do que os dispositivos oferecidos nessa faixa de preço (ou um pouco menos), que já são naturalmente mais baratos que o Nexus 7 (que, por sinal, não existe no Brasil), sem ser um produto considerado “xing-ling”. E, convenhamos, não é todo mundo que tem bala na agulha para comprar o iPad mini, mesmo ele sendo um produto relativamente acessível.

Eu já escrevi o texto do review, e posso adiantar ao menos uma coisa: se, hoje, nesse momento (18/11/2013, 11h28), eu precisasse comprar um tablet de baixo custo, esse tablet seria o HP Slate 7. Outros modelos de entrada, com as mesmas características, não oferecem os mesmos benefícios que esse modelo, o que me leva a crer que o trabalho da HP com o Slate 7 foi bem sucedido, levando em consideração o tipo de tablet analisado.

É importante sempre ter em mente que nem todo produto pode ser considerado “bom, bonito e barato”. É claro que eu ainda sonho em ver algum fabricante tendo a coragem de enfiar o pé na porta, oferecendo um produto com especificações técnicas tentadoras e preço competitivo (algo mais ou menos próximo com o que a Motorola fez com o lançamento do Moto G), mas também compreendo que tais nichos de mercado são necessários, mesmo que seja para iniciar um grupo de consumidores que não podem gastar muito com um dispositivo no mundo da tecnologia.

Entendo também que esse cenário vai mudar com a maturidade desse mercado. Os smartphones são produtos de tecnologia de consumo a, pelo menos, 15 anos. Os tablets ainda são produtos relativamente recentes (não contam com 10 anos de mercado), e já evoluíram de forma assustadora na sua concepção e utilização de materiais de alta qualidade… com um preço razoável.

A cada ano, vemos produtos melhores, com preços melhores. É claro que pode ficar melhor. Mas se pensarmos que só passaram seis anos desde o início efetivo do mercado de tablets, podemos dizer que essa categoria de produto foi a que mais rápido avançou na sua relação custo/benefício.

A comunidade agradece.


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@oEduardoMoreira