Início » Tecnologia » Conheça o conceito “On the Go” do McDonald’s

Conheça o conceito “On the Go” do McDonald’s

Compartilhe

O McDonald’s está introduzindo nos Estados Unidos um novo conceito de restaurante, o “On the Go”.

A primeira unidade do novo conceito estreou em Los Angeles, e promete transformar a experiência de consumo no setor de fast food. Ou pelo menos tenta, já que é relativamente difícil reinventar a roda neste segmento.

O novo modelo surge como uma resposta às mudanças nas preferências dos consumidores e à crescente demanda por opções de autoatendimento e entrega.

Acontece que o “On the Go” se parece com tudo. Menos com um restaurante.

 

Como é o “On the Go” do McDonald’s

O novo estabelecimento não contará com um lobby ou área para refeições, focando exclusivamente em serviços de autoatendimento e entrega.

Até aí, tudo bem. Vários estabelecimentos de refeições rápidas em Nova York já são assim: você entra, faz o pedido, recebe a comida e sai de lá (ou come em pé mesmo).

A ideia aqui é que o cliente que não quer passar aqueles momentos sentado em uma cadeira e conversando animadamente com seus amigos possa ser contemplado pela pressa que tem.

Em troca, o McDonald’s ganha mais dinheiro pela rotatividade de clientes no estabelecimento.

O design do restaurante é otimizado para facilitar o fluxo de clientes que buscam apenas retirar pedidos ou utilizar o drive-through, que ainda não foi eliminado por pura conveniência da rede de fast food.

É uma abordagem mais dinâmica, focada na agilidade e eficiência e, com alguma sorte, reduzindo o tempo que você fica no local.

Acredite… muitas pessoas querem isso nos dias de hoje.

 

A tecnologia embarcada

O novo conceito “On the Go” inclui totens de autoatendimento que permitem aos clientes fazer pedidos sem a necessidade de interação com atendentes.

Algo que já existe em algumas unidades do McDonald’s ao redor do mundo, inclusive no Brasil, principalmente nas capitais brasileiras.

Em teoria, os totens aumentam a velocidade e previsão dos pedidos. Na prática, é preciso ter uma boa dose de paciência, pois muitos brasileiros ainda estão aprendendo a utilizar essa tecnologia.

Além disso, os clientes serão incentivados a utilizar aplicativos para fazer pedidos, o que não só facilita a experiência do usuário com a rede de fast food, como também promove um modelo de negócios mais digital.

Os apps entram na mesma regra dos totens: eles já existem, já permitem a solicitação do pedido enquanto você espera na fila ou fica de bobeira dentro do McDonald’s, mas ainda não e adotado em massa…

…porque o grande grupo consumidor ainda precisa aprender a mexer com ele.

 

Tudo em fase de testes

O restaurante “On the Go” é considerado um experimento para avaliar como os consumidores respondem a esse novo formato.

A empresa já havia testado conceitos semelhantes em outros mercados, mas esta é a primeira vez que um modelo tão radical é implementado nos EUA.

O McDonald’s já está experimentando outras inovações, como sistemas automatizados que minimizam o contato humano e facilitam a coleta de pedidos.

Ou seja, a indústria do fast food está em direção à automação, mesmo que para isso tenha que trabalhar com tentativa e erro.

E você, que não passou no ENEM e acha que pode viver bem sem um diploma, fique sabendo que o seu emprego de “Mc Escravo Feliz” está seriamente ameaçado.

Só não digo que você será um futuro desempregado porque a inteligência artificial que o McDonald’s testou recentemente falhou miseravelmente em tentar montar os lanches dos clientes, e ainda possui uma certa curva de evolução.

A mudança para um modelo totalmente orientado ao autoatendimento é uma resposta direta à crescente demanda por conveniência entre os consumidores, especialmente após a pandemia.

Boa parte das pessoas não querem a interação humana, e se ela tiver que acontecer, que seja o mínimo.

Parece que todo o mercado de fast food está aprendendo alguma coisa com aqueles supermercados da Amazon onde você entra, pega o que precisa e tudo é cobrado direto no cartão de crédito, sem precisar passar por um caixa.

Ou até mesmo estão aprendendo com o C.U. da Coreia do Sul, onde você só passa no caixa para pagar e, mesmo assim, quando não tem os totens de autoatendimento para pagamento.

 

Mudar para sobreviver

O McDonald’s também entendeu que precisa mudar para se manter competitiva em um mercado cada vez mais saturado.

Ao eliminar as áreas de refeições nos restaurantes, o McDonald’s pode operar em espaços menores e mais baratos, aumentando sua flexibilidade na escolha de locais para novas unidades.

A estratégia pode ser atraente não apenas para o McDonald’s, mas também para outras cadeias de fast food, que vão querer esse fluxo maior de clientes por hora nos seus estabelecimentos.

O McDonald’s planeja abrir mais unidades “On the Go” se o teste em Los Angeles for bem-sucedido. Ao mesmo tempo, mantém os seus planos de expansão global, diferente de umas e outras que decretaram falência e estão fechando unidades em todo mundo…

…não é mesmo, dona Starbucks, que vai me deixar sem o seu delicioso café aqui em Florianópolis?

Sério… do jeito que está, serei obrigado a me deslocar até o Aeroporto daqui quando quero tomar um café do Starbucks…

E nem vem me julgar. Só eu sei o que sinto quando consumo minhas doses de drogas. E todo mundo consome algum veneno do qual não se orgulha.

De qualquer forma… voltando ao McDonald’s.

A maior rede de fast food do mundo está aproveitando o fato de que todo mundo aprendeu a comprar pela internet durante a pandemia para capitalizar em cima de uma tendência que é mais do que evidente.

Expandir suas operações digitais e automatizadas pode ser a tábua de salvação para muitas redes de fast food.

E elas precisam promover mudanças. As redes menores estão fechando as portas porque, com o mundo voltando ao normal, as pessoas não estão com tanto desejo assim de comer lanches rápidos.

Sem falar na mudança de consumo de alimentos, com os norte-americanos procurando as refeições mais saudáveis.

Logo, apesar dos restaurantes “On the Go” não terem cara de restaurantes, esse esforço de adaptação do McDonald’s para uma nova realidade de mercado pode se pagar a médio e longo prazos.

Ainda mais se considerar que o público-alvo é um consumidor que está sempre se modernizando com o uso da tecnologia do dia a dia.


Compartilhe