Minha mãe. Ela é uma das últimas vovós que eu conheço que ainda não tem internet em casa. E eu digo isso porque: 1) ela é avó de cinco netos e 2) ela não tem internet em casa.
Nesse final de semana, descobri que meu pai deu para ela no último aniversário (em julho de 2014) um notebook novinho. Ok, é um notebook da CCE Info. Mesmo assim, para quem não tem o mesmo nível de exigência que o meu, está excelente. Mesmo assim, minha mãe não chegou perto.
Aliás, minha mãe é uma senhora totalmente desconectada. Tem celular (e não smartphone), não sabe o que é selfie, não tem TV por assinatura, não tem tablet… enfim, ela vive como eu vivia em 1996 (comecei a me conectar na internet em 1997, e assinei a Directv pela primeira vez em 1999). Vovós offline como a minha mãe são cada vez mais difíceis de se encontrar. Até porque, para elas, a internet é a porta do mundo que nunca foi aberta antes.
Sabe, uma das coisas mais legais do mundo da tecnologia é ver a dita ‘melhor idade’ abrindo os horizontes da vida através dela. Ver os netos pelo Skype, encontrar as amigas e parentes distantes no Facebook, procurar receitas de bolo no YouTube, buscar por pornografia no Google (sério, esse último é verdade… até a sua avó faz isso…)… a busca pelo conhecimento através de uma ferramenta democrática, prática e acessível para todos.
O pior é que minha mãe não quer chegar perto de tudo isso. E nem é por falta de recursos financeiros. Grana não falta. Ela não quer, porque não quer!
E todos nós – meu pai, minhas irmãs e os netos – entendem que ela precisa disso.
Ok… minha meta para 2015 é conectar minha mãe ao meu mundo virtual. Estimular a sua curiosidade e interesse em um universo que é praticamente ilimitado, para que o mundo real dela seja algo mais interessante. Fazer com que sua mente continue em constante expansão e exercício, para que esse aprendizado se converta em algo melhor no seu dia a dia.
Até porque as vovós conectadas que eu conheço são sensacionais!