Como muitos outros corredores, Mark Fellows usa um smartwatch para monitorizar as suas corridas, auxiliado por GPS e sensores que informam seus batimentos cardíacos e movimentos. Porém, se além de “corredor”, você é um assassino da máfia, talvez não seja uma boa idéia usar um smartwatch.
Mark “Iceman” Fellows foi identificado pela polícia britânica como o assassino que tirou a vida do chefe do crime organizado Paul “Mr. Big” Massey e seu parceiro John Kinsella em 2015.
Na investigação, a polícia disse que percebeu que Fellows usou um smartwatch para registrar os dados de uma corrida de 10 km em 2014. Depois de obter uma ordem judicial, as autoridades encontraram o smartwatch na casa em que a informação foi localizada, conectando o usuário com os dois crimes.
Graças à informação GPS que integra o smartwatch, foi possível descobrir que Fellows esteve na área onde semanas antes os crimes foram cometidos, mostrando que estava investigando a área para encontrar a melhor oportunidade e cometer o duplo assassinato.
Informações sobre a velocidade com a qual ele se deslocava com a sua bicicleta mostram que ele reduziu drasticamente a velocidade na área imediata onde os crimes foram cometidos, indicando para a polícia que ele desceu da bike para andar e procurar rotas de fuga.
Essa não é a primeira vez que gadgets conectados traem criminosos. Dados do Fitbit foram usados no ano passado para confirmar um crime usando a frequência cardíaca do réu.
Exemplos também foram conhecidos com os alto-falantes conectados, como o Amazon Echo, que foi usado como testemunha de um crime. O dispositivo da Amazon armazena todas as gravações em um servidor esperando que ele seja ativado e, por ordem judicial, as gravações podem ser solicitadas.
Moral da história: está cada vez mais difícil cometer um crime nos dias de hoje, uma vez que toda a tecnologia que nos cerca monitora nossos passos o tempo todo.
Via BBC