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Diretor de escola tem sua carreira destruída por burlar uma máquina de café

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Feliz Dia do Professor! Bom… mais ou menos…

Não vou ser repetitivo dessa vez. Todo mundo sabe que o professor no Brasil tem uma vida ferrada, com condições de trabalho precárias nas escolas públicas e salários simplesmente ridículos.

Mas… vamos combinar que o professor de escola pública ainda tem o cafezinho sagrado de cada dia de graça? Já pensou se tivesse que pagar por isso? Ou pior: roubar pelo café para sobreviver ao aluno desgraçado e sem educação?

Então… se você fosse professor no Japão e ousasse roubar o café, teria a sua carreira simplesmente destruída. Sem dó, nem piedade.

 

Punição severa para o roubo de café

O episódio que vou relatar a partir de agora aconteceu em uma escola de Hyogo (Japão), e é mais uma pequena amostra do elevado código moral e ético dos japoneses no ambiente de trabalho.

Um veterano diretor de escola, com uma carreira consolidada, viu sua vida desmoronar devido a uma polêmica relacionada à sua paixão por café e sua tentativa de economizar algum dinheiro com o consumo da bebida.

Nenhum absurdo, olhando para a responsabilidade que ele abraça todos os dias. Insisto: se fosse no Brasil, metade dos professores e diretores de escolas públicas seria presa de forma imediata.

O diretor de 59 anos adotava um truque engenhoso para consumir a bebida sagrada para sobreviver ao caos: ao se servir em uma máquina de café automática, ele descobriu uma maneira de selecionar um copo de café maior, mas pagava o valor do copo menor.

Muito provavelmente era uma falha da máquina que gerava uma pequena economia diária no consumo de café. Mas o simples fato dele não ser honesto ao informar o problema (ou se beneficiar de forma direta disso) resultou na implosão de sua carreira profissional dentro da escola.

O diretor foi pego em flagrante ao tentar realizar esse truque pela terceira vez, totalizando sete furtos e um valor equivalente a cerca de aproximadamente R$ 15. O episódio chamou a atenção da loja que abrigava a máquina de café, levando a uma confrontação com um funcionário e a posterior intervenção da polícia.

 

O truque foi considerado um roubo, obviamente

O caso foi encaminhado às autoridades locais, que não apresentaram acusações formais contra o diretor, mas reconheceu o ato como um roubo. No entanto, a junta de educação decidiu que a conduta inadequada do diretor, considerada uma “falta grave”, o impediria de continuar em seu cargo, resultando em demissão e revogação de sua licença de ensino.

O conselho educacional não apenas demitiu o diretor, mas também retirou sua licença de ensino e até mesmo sua pensão de aposentadoria, estimada em cerca de 123.000 euros. A justificativa foi a impropriedade de sua conduta como servidor público.

Confesso que senti uma pequena satisfação com isso. Fico pensando no que teria acontecido com o famoso “guaxinim barbudo”, que era regente de um coral particular que estava alocado em um Instituto Estadual aqui em Florianópolis, que me expulsou do grupo por causa de uma violação de privacidade que ele cometeu contra mim…

…mas isso é assunto para outro artigo.

Houve reações divergentes em relação à decisão da junta de educação.

Alguns argumentam que a punição foi excessiva, gerando uma nova polêmica na escola. Especialistas no assunto, como Takashi Sakata, opinam que a perda da licença e da pensão têm impacto maior do que as próprias perdas causadas pelos furtos de café, considerando a punição desproporcional para os danos causados pelo diretor.

Concordo que é para se discutir se a punição é para tanto. Mas… regras são regras.

E para os professores que vão ler este artigo, eu realmente desejo um Feliz Dia do Professor. Mas… fiquem espertos sobre a gestão do cafezinho no local de trabalho.

Tentem não facilitar na hora de burlar as máquinas de café. Só para garantir que vocês vão ter alguma aposentadoria, mesmo com um desconto de 14% por parte do governo.

 

Via The Asashi SimbunSoraNews24, Japan Today


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