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Donald Trump finge demência, e não sabe o que é WikiLeaks

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Olha só como Donald Trump é engraçadinho…

Essa semana, o mundo inteiro observou com muita atenção os acontecimentos que resultaram na prisão de Julian Assange, o homem por trás do site de vazamentos WikiLeaks. Parte da comunidade digital e ativista está indignada, enquanto que a outra parte nem tem muita ideia do que está acontecendo.

Porém, umas das vozes que mais gerava expectativas sobre o que iria opinar a respeito desse incidente era a do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Afinal de contas, durante a campanha presidencial de 2016, o agora presidente se aproveito do WikiLeaks e da tonelada de vazamentos liberados durante a administração Barack Obama como uma ferramenta de promoção e validação das falhas dos seus adversários políticos.

Era algo muito comum ver Trump lançando declarações onde ele afirmava que “amava o WikiLeaks, as pessoas que administravam o site, e que considerava o mesmo como um verdadeiro tesouro”. Bom, se tanta informação favorável a mim estivesse disponível, eu também entenderia que esse é um grande tesouro a ser explorado, especialmente se tudo isso aparece durante uma campanha eleitoral.

De fato, algumas investigações garantem que Trump sabia de forma antecipada, em maior ou menor medida, sobre um vazamento da plataforma para expor a sua adversária na corrida presidencial, Hillary Clinton. O que indiretamente significa que ele conhecia as pessoas que estavam por trás do WikiLeaks, certo?

Quase isso.

Quando questionado sobre a prisão de Assange, Trump fingiu demência:

“Não é o meu tema. Sei que isso (WikiLeaks) tem algo a ver com Julian Assange. Eu estou vendo o que aconteceu com Assagne, e essa será uma determinação, imagino eu, principalmente pelo Fiscal geral, que certamente está fazendo um grande trabalho.

Então, o Fiscal está fazendo uma determinação sobre o caso contra ele. Mas eu realmente não sei nada sobre ele (Assange).”

A postura de Trump em relação ao WikiLeaks foi mudando paulatinamente ao longo dos anos, para chegar ao resultado que vemos nesse post. Os primeiros sinais de mudança de opinião do presidente norte-americano apareceram em 2017, quando afirmou que não estava envolvido na decisão de tentar extraditar Assange. Mas que estava por dentro do que as autoridades norte-americanos estavam fazendo, e que estava de acordo com tudo isso.

É uma história que ainda vai render vários episódios, e a postura de Trump só reforça a sua hipocrisia e atitude baseada na conveniência. Algo que não chega a ser surpresa. Lembra alguns presidentes de determinados países da América Latina (não sou eu que vou citar nomes aqui).

 

Via AFP


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@oEduardoMoreira