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Dupla Explosiva (2017): divertido, violento e livre de complexos

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dupla explosiva

Dupla Explosiva é um típico blockbuster para você desligar o cérebro. E, entre tantos desastres de bilheteria da summer season, esta foi uma grada surpresa.

Uma comédia de ação no estilo spoof-movie que, de forma inesperada, oferece duas horas divertidas e livres de complexos. O filme não tenta nada de novo, replicando os clichês do gênero, mas brilha com méritos próprios nas suas aspirações cômicas sobre tiroteios, perseguições, mortes e destruição que aparecem na tela.

Patrick Hughes oferece a sua melhor versão, com algumas irregularidades (para se ajustar à classificação etária), o mais distante possível de Os Mercenários 3, mas sem chegar no mesmo nível de Red Hill. Depois de um início estiloso e fluído, apresentando os protagonistas, Dupla Explosiva apresenta uma primeira sequência de ação que pode deixar você boquiaberto.

 

 

Ali vemos que esta não é uma comédia idiota. O fogo cruzado é mostrado com violência inusitada, com um manejo de câmera com controle absoluto da direção. E essa constante se repete ao longo do filme.

Mas além das impressionantes sequências de ação, o verdadeiro ponto forte de Dupla Explosiva está nos seus protagonistas. Muito bem escritos e com uma ótima química entre Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson.

Um bom roteirista que se preze planeja quantas viradas o seu argumento pode ter, mas também planeja os personagens que vão executar essas viradas. Um filme não funciona sem personagens interessantes, complexos e com um arco evolutivo compreensível e satisfatório. É digno dizer que Darius Kinkaid e Michael Bryce são mais do que isso, já que são literalmente a alma do filme.

 

 

Samuel L. Jackson e Ryan Reynolds exploram até a última gota de suas respectivas veias cômicas. A interação deles gera muitas piadas, tanto de humor físico até o uso de linguagem chula, garantindo gargalhadas da maioria dos presentes na sala do cinema.

Também temos uma ótima Salma Hayek, que acaba abraçando as piadas, colaborando com os esforços de Hughes em oferecer uma atmosfera leve, saindo de um simples espetáculo vazio de tiroteios.

Dupla Explosiva é o candidato perfeito para ser aquele filme para ver nos cinemas no final da tarde de um sábado onde não se tem nada para fazer. É sim um bom filme, e pedir mais do que isso do longa é pedir demais.

Ainda mais em tempos onde as salas de cinema estão cada vez mais vazias.

 

 


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@oEduardoMoreira