A insatisfação dos visitantes dos parques da Disney nos últimos anos tem gerado diversas críticas. As mudanças recentes, como o aumento de preços e a alteração dos serviços de alimentação estão impactando negativamente a experiência dos visitantes.
Não é de hoje que muitos afirmam que visitar a Disney é uma das experiências mais caras que o ser humano pode ter ao redor do mundo.
E bem sabemos que dinheiro não dá em árvore. Ou nem todo mundo é filho do Elon Musk.
Agora, temos números que ilustram melhor a situação. E até a Disney teve que dar o braço a torcer.
Os números não mentem
A Bloomberg, em conjunto com Len Testa, presidente do TouringPlans.com, conduziu uma análise detalhada sobre a situação.
Segundo suas pesquisas, a satisfação dos clientes caiu de 90% para 60%, devido a decisões polêmicas da Disney sobre os preços cobrados nos parques.
Da mesma forma que faz hoje com os serviços de streaming, a Disney decidiu inflacionar os preços de ingressos e itens comercializados nos seus parques.
E o resultado dessas medidas foi o mais óbvio: visitantes abandonando o local aos poucos.
A inflação e a recuperação lenta após a pandemia são os principais motivos para o aumento dos preços dos ingressos. Por exemplo, o preço para o Animal Kingdom vai subir de $109 para $119 em 2025.
A Disney oferece descontos
Em resposta às críticas, a Disney introduziu vários descontos em seus parques, como um pacote de três dias para três parques principais (excluindo o Magic Kingdom) por $89 por dia.
Novos pacotes de alimentação com preços reduzidos também foram lançados. Crianças pagam $30 por dia, enquanto adultos pagam $95, representando um desconto de 20%.
A Disney também oferece descontos em suas hospedagens. Os hotéis principais, como o Disney’s All-Star Movies Resort, têm descontos de cerca de 27%.
Os descontos estarão disponíveis até setembro deste ano.
Será que é o suficiente?
Especialistas como Len Testa (que ajudou a conduzir o estudo da Bloomberg) questionam se essas medidas serão suficientes para recuperar a satisfação dos visitantes e se a Disney continuará ouvindo suas críticas.
Vamos combinar que os preços ainda são elevados, principalmente para o norte-americano médio, que precisa queimar dinheiro em outros aspectos relacionados com a viagem para os parques.
Pode não parecer, mas US$ 10 de aumento no preço de qualquer coisa é muita coisa para o norte-americano que não está muito acostumado com a inflação.
É só olhar para o mundo dos games e como o aumento do preço dos jogos de US$ 50 para US$ 60 causou polêmica, e o próximo aumento para US$ 70 já está gerando revolta entre os gamers.
Pelo visto, não é “porque é Disney” que pode cobrar o que quiser ou o preço que for. O consumidor não vai engolir a seco esses aumentos.
E pensar que isso está acontecendo em um país onde, em teoria, o capitalismo venceu, e dinheiro passa longe de ser um problema.
Imagina se isso acontece no Beto Carrero World (que, por sinal, também está com promoções de desconto para aumentar o número de visitantes).