Acredite, se quiser: a Microsoft pensou em um banheiro químico inteligente. E essa é uma ideia que ainda é menos infeliz que o Windows Millennium Edition.
Quando todo mundo achava que o Zune era uma péssima ideia, tão ruim a ponto de ser atirado no vaso sanitário, temos o iLoo, um banheiro químico tecnológico que alguém na Microsoft pensou que poderia ser vendável.
Isso aqui é tão ruim, que parece ser uma pegadinha de 1 de abril. Mas não é.
Vai para o trono, Microsoft!
Em 2002, alguém na Microsoft achou que seria “uma ideia genial” lançar um banheiro químico inteligente, que contaria com um computador de bordo e conexão à internet, só para manter você lendo as publicações do Orkut enquanto “pensa na vida”.
Não demorou muito para entenderem que a ideia seria muito insalubre e inconveniente. Pense na questão da higiene em ter várias pessoas utilizando o mesmo computador, principalmente quando não lavam as mãos ou as partes íntimas após o uso do banheiro.
Além disso, ter um computador no banheiro fará com que o mesmo fique ocupado por muito mais tempo, já que alguns usuários sem noção iriam aproveitar a oportunidade para enviar um e-mail enquanto manda um fax.
Entendedores entenderão a referência.
O projeto em si envolve a instalação de um teclado sem fio, uma tela de plasma, som surround e um computador rodando o Windows XP Pro. E mais: a própria Microsoft confirmou o projeto em 2003, depois de um vazamento publicado em 2002.
É claro que isso não poderia dar certo
Quando essa porcaria foi oficialmente anunciada pela Microsoft, não demorou nada para as críticas aparecerem. Muitos questionaram o óbvio: isso aqui é saudável?
É claro que não! Nada saudável, horrível e espantosamente depreciativo.
A mídia especializada fez piada com a Microsoft, colocando outros apelidos para o banheiro químico inteligente e, com toda a razão, ridicularizando a gigante de Redmond e a sua ideia. Ou seja, de forma literal, a credibilidade e o respeito pela empresa foram parar na latrina.
Diante de tudo isso, a Microsoft usou uma saída esperta para justificar o fracasso do iLoo: tudo era uma brincadeira de 1 de abril, algo que todo mundo teria acreditado se o produto não fosse apresentado em 30 de maio de 2002.
Esse é um dos piores casos de relações públicas da história da humanidade. E todos nós precisamos agradecer que essa aberração foi cancelada com a ajuda da pressão da imprensa. Esse desastre é infeliz em níveis simplesmente inimagináveis.