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É impossível para o Google resolver o problema da fragmentação do Android

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O Google anunciou o Android Q Beta 3 durante o Google I/O 2019. O sucessor do Android Pie chega ao mercado em versão final em algum momento do terceiro trimestre de 2019. Porém, isso não quer dizer que o software vai chegar em todos os smartphones, mas para um grupo limitado de dispositivos.

Isso acontece por dois grandes motivos.

 

1. As capas de personalização do Android, que obriga ao desenvolvimento de uma versão adaptada que chega meses depois.

2. Smartphones que contam com um suporte limitado a dois anos (três anos de atualizações de segurança).

 

Deixar nas mãos dos fabricantes as atualizações e essa obsolescência programada de software resultaram no caótico cenário da fragmentação Android. O Google até demorou para atualizar a tabela de distribuição das versões do sistema para não mostrar a imagem de fragmentação absoluta. Mas uma hora eles tinham que fazer isso.

O Android M, com quase quatro anos de lançamento, ainda é a versão mais utilizada, e chama a atenção que versões antigas como o Android KitKat e Oreo, lançadas em 2013 e 2014 respetivamente, ainda se façam tão presentes entre os dispositivos.

 

 

Aqui, temos de novo a tal obsolescência programada por software. Muitos usuários mantém os smartphones que deixaram de receber atualizações a algum tempo.

 

 

O Google pode resolver o problema da fragmentação no Android?

 

Muito difícil. Quase impossível.

Até mesmo apelando para a atualização oficial via Play Store ou potenciando os seus acordos com os fabricantes e vendedores de dispositivos Android. A base é tão enorme e com tantas particularidades, que acabar com a fragmentação nesse momento é algo considerado impossível.

Faltam poucos meses para o Android Q chegar ao mercado, e o Android Pie só tem 10.4% do total de dispositivos com Android. Quando a nova versão chegar, o cenário será melhor, mas quase todos os modelos lançados em 2016 e boa parte daqueles que chegaram ao mercado em 2017 não vão receber essa versão, e a fragmentação só vai piorar.

É um tema complexo, pois nem o Google sabe o que fazer para resolver o problema.


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@oEduardoMoreira