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…e não é que Max Verstappen RECUSOU SIM a tal camiseta?

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E eu não passo mais frio nessa vida, pois estou (e sempre soube que estaria) coberto de razão neste caso.

Estava assistindo tranquilamente o jogo da NBA, onde o Dallas Mavericks garantiu a sua vaga nas finais do Oeste, quando as notificações do meu smartphone começam a apitar com um tópico relacionado ao Max Verstappen.

Até achei que eram as pessoas me xingando porque eu chamei o Max de babaca. Afinal de contas, a competente Mariana Becker disse que o piloto holandês só não usou a camiseta na tal homenagem ao Senna porque “a camiseta dele foi roubada”, e que ele não tinha se recusado a utilizar o item.

Então… vamos conversar sobre isso a partir de agora!

 

Imagens falam mais do que mil palavras

A explicação da Mari veio da assessoria de imprensa do Sebastian Vettel, e não do próprio Max. E isso é importante deixar bem claro logo de largada.

Mas como esse evento foi (de certa forma) público e qualquer pessoa poderia fotografar e filmar tudo o que estava rolando em Ímola neste final de semana, as imagens compartilhadas no XWitter na noite de sábado (19) são conclusivas e, ao mesmo tempo, um tanto quanto constrangedoras para aqueles que entenderam que tudo isso era uma perseguição ao piloto holandês.

A foto abaixo foi registrada quando Vettel pede para Verstappen autografar um dos capacetes que eles trocaram em um passado não muito distante. E a imagem traz um detalhe bem interessante.

Observe que existe uma camiseta amarela dentro da bolsa de Vettel. Há quem diga que são duas, mas vou acreditar naquilo que meus olhos podem ver. De qualquer forma, isso é importante para o que vem depois.

O Rafael da conta @voandobaixo no XWitter compartilhou um vídeo que foi registrado momentos antes da polêmica foto. E esse vídeo de apenas 34 segundos conta com camadas preciosas, que precisam ser analisadas com calma.

Aos fatos:

  1. Aparentemente, Max Verstappen não chegou tão em cima da hora a ponto de não dar tempo de colocar uma simples camiseta (algo que todo homem adulto consegue fazer em, no máximo, 10 segundos). Tanto, que Sergio Pérez, seu companheiro de equipe, conseguiu vestir a sua, mesmo estando no mesmo evento que Max (o que supostamente resultou no seu atraso para a foto – e essa foi uma teoria levantada pelos defensores do piloto holandês).
  2. Outros pilotos ao lado de Max conseguiram vestir a camiseta com relativa tranquilidade antes da foto ser registrada. Aparentemente, todos receberam o item naquele momento para a produção da foto.
  3. O mais importante desse vídeo: em determinado momento, Vettel passa por trás de Verstappen, OFERECE A CAMISETA PARA ELE e, por algum motivo (que, sinceramente, não vem ao caso agora), Max NÃO ACEITA USAR AQUELE ITEM.

De novo: imagens falam mais do que mil palavras.

Construção de narrativa. Simples assim.

 

O que aprendemos aqui?

Várias coisas.

Para começar, os fãs mais fervorosos de Max Verstappen não podem ficar tão ofendidos quando criticamos uma atitude insensata dele, principalmente quando o fato realmente aconteceu.

Aliás, os fãs mais chatos do Max precisam aprender que seu piloto é humano, e não um alecrim dourado. Sua personalidade tem traços negativos e positivos, como todo mundo. Adoro a forma que Verstappen cuida da filha da Kelly Piquet, mas tenho um ranço dessas atitudes babacas que demonstram indiferença e arrogância em relação ao coletivo.

E está tudo certo. Não existem pessoas 100% boas ou ruins neste mundo. E Verstappen está sujeito a críticas por isso.

Segundo (e é importante repetir esse tema): Mariana Becker não tem nada a ver com isso. Ela fez o que uma jornalista séria faria: foi atrás de fontes oficiais e informou o que a assessoria de imprensa do Vettel disse sobre o assunto.

Ela poderia ter ido atrás do Max para perguntar os motivos dele? Sim, com toda certeza, pois agora todos nós sabemos que Verstappen RECUSOU SIM usar o item. Mas até eu acho que isso passa bem longe de ser uma pauta a ser explorada em final de semana de corrida. O tema é realmente ridículo.

Terceiro… Max Verstappen tem TODO O DIREITO DO MUNDO de se recusar a usar a camiseta, por qualquer motivo.

Seja pelo vínculo comercial ou cláusulas contratuais (o que, sinceramente, eu duvido que seja, pois a ação não era comercial ou com fins lucrativos, e sequer havia uma marca publicitária na camiseta), seja porque “ele não se mistura com a gentalha” da Fórmula 1, ou porque não quer ser “Maria vai-com-as-outras” ou até mesmo para fazer média com o sogro.

Sinceramente? Não importa. Não é relevante.

Porém, é meu direito fazer a leitura que eu quiser das atitudes públicas de Max pois, afinal de contas, ele é uma pessoa pública, tricampeão mundial de Fórmula 1, que tomou essa atitude na frente de todo mundo.

E é meu direito achar Max Verstappen um babaca por causa disso, considerando o histórico de seu comportamento como pessoa pública.

Assim como é seu direito defender suas posturas e atitudes, entendendo que ele estava certo e no direito de não fazer o mesmo que todo mundo.

Desde que você não venha até mim para desejar que minha mãe morra com uma combinação de AIDS com câncer, está tudo certo.

Por último, e não menos importante: este é o típico caso de gestão de crise para melhorar a imagem de alguém. E nem acho que precisavam melhorar a imagem do Verstappen com quem quer que seja.

Ele é o que é. E ponto. Segue vencendo corridas e campeonatos, se mostrando cada vez melhor nas pistas, cuidando bem da pequena P e construindo o seu próprio legado.

Não vai fazer muita diferença para ele ter a empatia de todo mundo. Ele já conquistou o seu próprio público.

O único grande problema aqui é a mentira que tentaram lançar para justificar o que qualquer um poderia registrar naquele momento.

E a confirmação que, neste episódio, Max Verstappen foi sim um grande babaca.

Caso encerrado.


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@oEduardoMoreira