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El Salvador está minerando Bitcoin usando a energia de vulcões

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Para minerar o Bitcoin, é preciso ter um computador potente, um bom tempo livre, uma boa dose de paciência e uma enorme demanda de energia elétrica. E parece que El Salvador encontrou uma solução para o último ponto necessário para ser bem sucedido nesta tarefa.

O país é um dos interessados na mineração das criptomoedas, e pretende tornar o Bitcoin como uma moeda oficial local. E começou a fazer a mineração da moeda digital utilizando o calor de um vulcão ativo, que está fornecendo energia que está alimentando os equipamentos que estão realizando todo o trabalho pesado.

Resultado: até o momento onde este post foi produzido, El Salvador conseguiu minerar 0,00483976 Bitcoins com essa operação. Ou seja, aproximadamente 200 euros.

O que isso quer dizer?

 

 

 

El Salvador, vulcões e Bitcoin

É preciso colocar os números em contexto para compreender melhor o que estamos falando aqui. Lembrando que, neste momento, El Salvador só está testando as possibilidades de mineração de Bitcoins com a ajuda de um vulcão.

O que El Salvador está fazendo é utilizar um recurso que sempre teve: a energia geotérmica. E isso é algo muito mais sustentável do que produzir Bitcoins com a energia termonuclear, tal e como os Estados Unidos está fazendo.

 

 

Um quarto da energia gerada em El Salvador é geotérmica, e as instalações que produzem esse tipo de eletricidade já estão instaladas no país há muito tempo, se tornando assim uma solução consolidada. Logo, tudo o que o governo do país fez foi instalar um centro de mineração de Bitcoins do lado de uma dessas instalações elétricas, utilizando a energia proveniente de uma atividade vulcânica para o processo.

Esse tipo de produção energética pode ser algo completamente desconhecido do brasileiro médio porque, convenhamos, não temos vulcões ativos no Brasil. Mas em outros países da Europa, isso é algo relativamente comum. A Islândia, por exemplo, também produz energia geotérmica, que é muito mais barata, 100% renovável e não emite materiais nocivos para a natureza.

Dessa forma, vai ser fácil para El Salvador estabelecer o Bitcoin como moeda nacional. Se o cidadão do país vai utilizar a moeda virtual para comprar comida e pagar as contas, isso é outra história, pois tal e como acontece no Brasil, poucas pessoas por lá sabem o que é o Bitocoin ou qualquer outro criptoativo do mercado. Porém, o tempo e algum projeto de informação em larga escala devem ajudar a resolver esse problema.

E problema maior do que esse é convencer o pessoal do Fundo Monetário Internacional que a iniciativa realmente vale a pena. Essa turma do dinheiro não vê com bons olhos a história dos países apostarem nas criptomoedas como moedas oficiais. Talvez porque parte do poderio econômico global sairia das mãos dos gigantes bancos tradicionais.

De qualquer forma, El Salvador está avançando em um movimento que entendo ser global. Até o Brasil está apostando no Bitcoin como moeda oficial, e acredito que outros países vão fazer o mesmo. Só fica a dúvida se tudo isso vai dar certo, ou se teremos um desastre econômico a longo prazo, principalmente quando olhamos para a instabilidade da cotação do Bitcoin.

Só o tempo vai dizer o que vai acontecer.

 

 

Via CNBC


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@oEduardoMoreira