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Elon Musk, o retrógrado

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Vamos entender o que está acontecendo aqui.

Elon Musk, dono da Tesla, da SpaceX e potencial futuro dono do Twitter, um cara empreendedor e que (em teoria) deveria defender soluções que promovem o progresso e a melhoria das pessoas, decidiu entrar em um embate contra o trabalho remoto, ameaçando demitir os seus funcionários que não aceitam as suas regras laborais?

Tá. Beleza. A Tesla é dele, e ele faz o que ele quiser com ela.

Agora… dizer que o trabalho remoto é “algo inaceitável” quando eu faço isso há 14 anos para poder pagar a pizza fria dentro da minha geladeira todo final de semana?

Olha… tal pensamento é digno de um homem de Neandertal.

 

 

 

Para Musk, trabalho remoto é coisa de vagabundo

Elon Musk deu o ultimato: os funcionários da Tesla terão que trabalhar PELO MENOS 40 horas semanais nos escritórios da empresa. E quem não concordar com isso pode passar no RH e pedir as contas, perdendo todos os seus direitos.

Não sei se Musk está fazendo isso por pura convicção (o que realmente pode ser, considerando a visão de mundo dessa pessoa), ou se só está demitindo em massa porque precisa de dinheiro para comprar o Twitter (dinheiro este que ele tem, mas não quer entrar em um prejuízo violento ao adquirir uma fábrica de bots).

Ou quem sabe ele pode estar (mais uma vez) sob efeito de alguma(s) substância(s) lisérgicas, o que resulta em algumas pessoas certas declarações esdrúxulas. Ou a letra da genial canção “Ouro de Tolo”.

Mas desconfio que Musk está bem longe de ser um gênio da música.

Fato é que o pensamento do dono da Tesla sobre o trabalho remoto é algo muito primitivo e totalmente contraditório com a sua visão empreendedora. Quase não dá para acreditar que a mesma pessoa que investe em carros elétricos inteligentes e no turismo espacial pode mesmo acreditar que só quem está no escritório é capaz de produzir o seu trabalho de forma plena.

De qualquer forma, Musk e outras empresas entendem que funcionários em casa podem custar caro demais para as estruturas laborais, uma vez que as despesas adicionais que essa pessoa tem no home office (como a conta de luz e computadores/smartphones melhores, por exemplo) precisam ser bancadas pelos donos do parquinho.

Por outro lado, essa paranoia de achar que todo mundo que trabalha em casa passa o dia assistindo Netflix de cuecas enquanto deveria estar trabalhando já deveria ter acabado durante a pandemia.

Na verdade, trabalhamos pelados, com dois ou três monitores na nossa frente, onde em um deles sempre estamos assistindo vídeos no YouTube.

 

 

 

Musk…. você precisa evoluir!

Antes eu dizia que Elon Musk precisava parar com as drogas com urgência, mas fui mal interpretado nessa afirmação. Muitos entenderam que eu era contra as pessoas que usam drogas, quando não é bem assim que a banda toca.

Apesar de eu mesmo NÃO SER UM CONSUMIDOR DE SUBSTÂNCIAS ALTERNATIVAS (com exceção do Miojo que, todo mundo sabe, é uma droga legalizada), eu não tenho absolutamente nada contra quem fuma um baseado ou cheira uma carreira de farinha. Cada um sabe muito bem o que fazer da vida.

Porém, tem gente que não consegue fazer o devido controle ou administração do consumo de conteúdos alternativos, e este é bem o caso de Elon Musk.

A evolução de Musk neste caso é suspender com as drogas. Com urgência. Ele já causou danos demais para a Tesla com pensamentos totalmente contrastantes com a realidade. E agora, ele começa a dar marcha a ré no cérebro, entendendo que só podemos ser produtivos no ambiente laboral.

E ele fala isso em um mundo totalmente voltado para a mobilidade e a produtividade em qualquer lugar…

Sério… é bom que todos comecem a torcer para que Musk realmente não compre o Twitter. Se isso acontecer, a rede social do passarinho azul vai virar a maior vila de malucos do planeta.


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@oEduardoMoreira