Não se preocupe, pois eu não vou contar spoilers sobre o episódio mais esperado da história de Game of Thrones. E eu nem posso, pois eu não assisti ao episódio. E eu sei que muita gente não conseguiu ver também porque as imagens eram muito escuras. De qualquer forma, esse é um post mais reflexivo sobre as premissas que esse momento da série tenta passar através do episódio.
A Batalha de Winterfell era o momento mais esperado de toda a série, e promoveu o encontro com o inevitável: a morte em uma escuridão infinita. Talvez por isso as imagens do episódio estavam tão escuras. Não descarto a possibilidade de ser algo proposital, para oferecer ao espectador a mesma perspectiva dos envolvidos na batalha.
Se foi por isso, menos mal. Se alinha com a metáfora conceitual que a série sempre deu a entender com o Winter is Coming pregado no começo da série. E o inverno nesse caso pode ser traduzido como inferno mesmo. Mas um inferno diferente daquele que conhecemos: sem sangue, sem fogo, vômitos de ira ou arrependimentos.
O inferno de Game of Thrones é frio, azulado, com tons de violeta, e com um negro infinito que invadiu a tela ao longo de 82 minutos de episódio.
O inferno existe: é frio, escuro, e a morte sempre vence
Os portais do inferno gelado de Game of Thrones foram abertos, e mostraram um cenário de caos, uma desordem alucinante e imagens difíceis de se distinguir. A ideia era desorientar o espectador, e aumentar a sensação de urgência e aflição ao colocar o fã como testemunha ocular da batalha dentro do conflito. Se deu certo? Não sei… pela reação das pessoas nas redes sociais, eu acho que não.
Só a morte brilhou nesse episódio. Até porque não podemos vencer a morte. É o final inevitável de todos. Em um conflito, o ser humano pode abreviar a vida do próximo, que não pode evitar esse destino. Inclusive em outras dimensões. E quem estava nesse inferno escuro só queria terminar aquele conflito o mais rápido possível.
Agora resta a Última Batalha, que será protagonizada por aqueles que escaparam com vida da Batalha de Winterfell. E os vivos lutarão para que o sangue derramado por quem perdeu a vida na maior batalha da história de Game of Thrones não se perca no vento.
E todos nesse momento estão cientes de uma coisa: nesse universo, a morte sempre vai vencer.