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Está difícil justificar o ciclo de renovações semestrais da OnePlus

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Eu gosto da OnePlus. Bom, hoje um pouco menos do que no passado. Gostei bem mais quando a marca apareceu, e seu conceito revolucionário de convites para compra de dispositivos e oferta de smartphones top de linha com preços competitivos.

Porém, esses conceitos foram se perdendo um pouco com o passar do tempo. A marca ainda oferece ótimos smartphones, mas os preços não são tão atraentes. Por outro lado, agora a marca conta com distribuição maior, e conseguiu fechar uma parceria com a T-Mobile e, assim, chegar ao mercado norte-americano.

Sinal dos novos tempos.

Mas o motivo desse post é outro. Está na janela de lançamentos semestrais da OnePlus para os seus dispositivos top de linha.

E a impressão que eu tenho é que a marca não aprendeu nada com tudo o que aconteceu com a Sony.

Hoje, a divisão móvel da Sony só dá prejuízos. Não consegue bater de frente com Samsung, Huawei e Apple (nessa ordem), e não alcança sequer o patamar de combater com a Xiaomi, mesmo com maior potencial de penetração de mercado (estamos falando da Sony, que está no mundo todo, diferente da Xiaomi).

E a Sony por muito tempo se valeu da estratégia de lançamentos semestrais de smartphones top de linha. E não eram produtos ruins. Pelo contrário: ótimos smartphones, onde alguns deles até foram injustiçados. Mas o mercado não tinha fôlego para suportar tantos lançamentos.

 

 

 

A OnePlus está fazendo a mesma coisa

 

OnePlus 6 e OnePlus 6T chegaram ao mercado em 2018, em um intervalo de tempo relativamente curto. Contam com diferenças pontuais, mas que não justificam a troca de um modelo por outro, e um dispositivo pode até canibalizar a venda do outro em determinados mercados.

Talvez nem tanto nos Estados Unidos, alvo principal da OnePlus com esse modelo (já que por lá só temos o OnePlus 6T). Mas… muita gente não deve ter gostado nada da ideia de ter um dispositivo lançado no primeiro trimestre de 2018 já desvalorizado pelo novo modelo que acabou de chegar.

Espero que a OnePlus comece a olhar para o exemplo da Sony. A história mostra que o movimento é bem arriscado, e que pode resultar em grandes problemas a longo prazo.


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@oEduardoMoreira