Minha mudança para Florianópolis começou a ser definida após uma apresentação do Grande Coro Vozes de Santa Catarina, durante os eventos do Outubro Rosa, em 2017. Naquele mês, eu defini que queria a cidade, queria a ilha e queria novos ares. Foram duas apresentações que aquele grande coral conseguiu me impressionar. Duas apresentações para a Amucc. Amor e União Contra o Câncer. Sacou?
Talvez eu decidisse mudar por qualquer outro motivo. Por causa do coração batendo mais forte por alguém, por causa da música que aquele coral fazia (e o fato de poder cantar nesse coral é, para mim, uma das grandes alegrias que eu vivo em Florianópolis), ou porque a minha vida precisava de mudanças. Mas em todos os acontecimentos que me levaram a até aqui, eu posso dizer que nada foi por um acaso. Tudo o que aconteceu comigo desde o momento em que eu optei pela mudança para cá tem uma explicação ou razão de ser.
Foi em um Outubro Rosa que eu ouvi pela primeira vez o relato emocionado da Dona Margarida, hoje presidente da Amucc. Um relato que me emocionou, de verdade. Meses depois, eu estava ajudando a salvar a vida de uma grande amiga, que teve carcinoma nível dois no seio esquerdo. Por um acaso, eu descobri o nódulo nela, e ela conseguiu tomar providências a tempo. E em 2018, eu já estava cantando em dois eventos do Outubro Rosa, com uma alegria tremenda por sentir que tudo o que estava acontecendo estava diretamente conectado, de alguma forma.
Na última terça-feira (21), eu estive em uma reunião com o pessoal da Amucc. Eles estão recrutando voluntários para as suas diversas atividades, e como eles estão precisando de um jornalista para a parte de assessoria de imprensa do Outubro Rosa, eu fui convidado por membros dessa associação para conhecer melhor os trabalhos realizados pela entidade.
Eu quero ajudar a Amucc de alguma forma
É um volume tão grande de informações, que é mais fácil eu deixar o endereço do site para vocês visitarem: amucc.org.br.
Mas tudo o que eu posso dizer, de forma bem resumida, é que a Amucc é uma entidade séria, que ajuda a muita gente, e em um sentido muito amplo. São pessoas que lidam com o câncer como algo que pode acontecer com qualquer um, sem relacionar a mazela com a morte de forma factível e inevitável. Mesmo porque, em teoria, todos nós vamos morrer.
Os voluntários da Amucc encaram o problema como um combustível para viver e estimular a outras pessoas a viverem melhor, encarando o problema de frente, além de conscientizar a população sobre a importância em obter a informação correta para derrubar barreiras. Tão difícil quanto lidar com a doença é lidar com a ignorância e o pré-conceito de muitos.
Eu não sei se vou conseguir dar conta dos trabalhos da Amucc. Nesse momento, eu estou trabalhando com a parte de divulgação/imprensa de dois corais (e pode pintar um terceiro… quem sabe…), sem falar nas minhas atividades profissionais e pessoais.
Mas eu quero ajudar, de alguma forma. Não foi por acaso que eu fui parar em uma reunião dominada por corajosas mulheres.
Com certeza existe alguma razão para isso acontecer.